Estados sem novas mortes não significa fim da pandemia, diz infectologista
O infectologista Marcos Boulos ressaltou, em entrevista ao UOL News hoje (9), que a pandemia de covid-19 não acabou. A ponderação é feita após Estados brasileiros, como São Paulo, não registrarem novas mortes pelo coronavírus.
O especialista também destaca o papel da vacinação nesse índice positivo. "Ainda não acabou. Claramente a vacina tem impacto importantíssimo. Como o vírus não causa uma imunidade muito grande, a vacina é necessária", explica.
O secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, comemorou a notícia e defendeu a vacinação. "Os números são reflexo da campanha de vacinação no estado de São Paulo, que tem hoje mais de 72 milhões de doses aplicadas. É fundamental que quem precisa da segunda dose vá aos postos de vacinação para estar totalmente imunizado."
Na avaliação de Boulos, o fim da pandemia de covid-19 pode ser vislumbrado quando o país atingir 80% da população vacinada com as duas doses. "Não significa que não teremos mais casos, mas não de forma endêmica", diz.
Além de São Paulo, também não registraram novas mortes pela doença ontem (8) Acre, Amapá, Goiás, Minas Gerais, Rondônia, Roraima e Sergipe.
Fim das máscaras
Durante a entrevista, o infectologista Marcos Boulos também defendeu que as máscaras continuem sendo utilizadas pelos brasileiros. "É mais adequado manter até o fim do ano", opinou.
Para ele, mesmo após atingir 80% da população com duas doses aplicadas, é importante ficar atento aos registros de novos casos pela doença. "Sem mortes, mas com o aumento de casos e ainda o fim das máscara, esses novos registros podem aumentar ainda mais", disse.
O estado de São Paulo estuda a possibilidade de liberar o uso de máscaras em espaços abertos e sem aglomerações a partir de dezembro. Por enquanto, o uso correto do equipamento —cobrindo nariz e boca— permanece obrigatório e, quem não obedecer está sujeito a multa de R$ 552,71.
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