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Incidência de covid-19 bate novo recorde na Alemanha
Incidência de covid-19 bate novo recorde na Alemanha - Taxa de novos casos da doença a cada 100 mil habitantes em sete dias, usada para medir o estado da pandemia no país, fica acima de 200 pelo segundo dia consecutivo. Incidência mais que triplica em um mês.Um dia após superar a marca de 200 pela primeira vez, a incidência de novos casos de covid-19 na Alemanha bateu um novo recorde nesta terça-feira (09/11). A taxa de infecções por 100 mil habitantes em sete dias chegou a 213,7, a maior desde o início da pandemia, segundo o Instituto Robert Koch (RKI), a agência alemã para controle e prevenção de doenças.
Na segunda-feira, a incidência havia ficado em 201,1, superando o recorde anterior de 197,6, registrado em 22 de dezembro de 2020, antes de a vacinação contra covid-19 começar na Alemanha.
Apesar de atualmente as vacinas estarem amplamente disponíveis para os alemães, os casos de covid-19 estão aumentando. Neste domingo, a incidência de sete dias, usada para medir o estado da pandemia no país, era de 191,5, e uma semana atrás, de 153,7. Há um mês, estava em 64,4.
O RKI também contabilizou 21.832 novos casos de covid-19 nesta terça, mais que o dobro dos 10.813 registrados uma semana atrás. Em 24 horas, 169 mortes relacionadas ao coronavírus foram computadas, frente a 81 uma semana antes. No total, mais de 4,8 milhões de casos de covid-19 e 96.727 mortes foram oficialmente registrados na Alemanha até agora.
Há grandes diferenças regionais na incidência da covid-19 no país. O estado da Saxônia registra atualmente a maior taxa de novos casos por 100 mil habitantes em sete dias (483,7), seguido da Turíngia (439,3). Na Saxônia, 57,2% da população está completamente vacinada contra a covid-19, e na Turíngia, 61,1% - índices menores do que o do país como um todo, de 67,2%.
Na Baviera, o terceiro estado com maior incidência de covid-19 (348), onde 65,1% estão vacinados, o governo local introduziu restrições mais severas à vida pública nos últimos dias. Os espaços públicos fechados podem ser acessados atualmente apenas por pessoas que foram vacinadas, estão recuperadas ou que possuem um teste de PCR negativo.
Provável novo governo traça plano anticovid
Ainda em meio a complexas negociações de coalizão, os três partidos que provavelmente formarão o próximo governo da Alemanha começaram a formular novas regras com as quais pretendem conter a pandemia de covid-19.
Nesta segunda-feira, membros do Partido Social-Democrata (SPD), do Partido Verde e do Partido Liberal Democrático (FDP) trabalharam num novo projeto de lei visando discuti-lo no Bundestag (Parlamento alemão) na próxima quinta-feira.
Os planos em discussão incluem a reintrodução do teste gratuito para covid-19. O projeto de lei prevê também testes diários obrigatórios para funcionários e visitantes de lares de idosos, independentemente se foram vacinados ou não. Prevê ainda a reintrodução da chamada "taxa de coronavírus" paga pelo Estado aos hospitais que mantêm alguns de seus leitos de terapia intensiva livres para pacientes com covid-19.
Além disso, os médicos devem escrever a todos os seus pacientes idosos uma recomendação por uma dose de reforço da vacina contra a covid-19. E, por fim, o projeto de lei quer que os pais adquiram uma licença adicional no trabalho caso seus filhos contraiam o vírus, tenham que ficar em quarentena ou se as creches forem forçadas a fechar devido a infecções.
Por outro lado, os três partidos optaram por não introduzir a vacinação obrigatória para todos os adultos, embora uma pesquisa divulgada na semana passada tenha mostrado pela primeira vez que a maioria dos alemães (57%) é a favor da imunização compulsória. A obrigatoriedade é considerada altamente controversa e provavelmente resultaria em uma enxurrada de queixas jurídicas no Tribunal Constitucional da Alemanha.
Pandemia dos não vacinados
Na semana passada, o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, afirmou que o país já entrou na quarta onda da pandemia de covid-19 e que, no momento, o país vive uma "pandemia dos não vacinados".
Uma pesquisa recente aumentou essas preocupações, ao revelar que 65% dos não vacinados não pretendem receber a vacina contra o coronavírus nos próximos dois meses. Outros 23% afirmaram que "provavelmente não o farão". Apenas 2% disseram que planejam tomar a vacina, mas ainda não conseguiram.
Especialistas consideram, no entanto, que agora o sistema de saúde seja capaz de suportar mais infecções do que antes da vacinação, pois os imunizantes oferecem alta proteção contra casos graves da covid-19. Mesmo assim, médicos temem que, se a tendência de alta nos casos se mantiver, o número de pacientes internados em UTIs devido à covid-19 dobre nas próximas semanas.
lf (ARD, Reuters, DW)
Na segunda-feira, a incidência havia ficado em 201,1, superando o recorde anterior de 197,6, registrado em 22 de dezembro de 2020, antes de a vacinação contra covid-19 começar na Alemanha.
Apesar de atualmente as vacinas estarem amplamente disponíveis para os alemães, os casos de covid-19 estão aumentando. Neste domingo, a incidência de sete dias, usada para medir o estado da pandemia no país, era de 191,5, e uma semana atrás, de 153,7. Há um mês, estava em 64,4.
O RKI também contabilizou 21.832 novos casos de covid-19 nesta terça, mais que o dobro dos 10.813 registrados uma semana atrás. Em 24 horas, 169 mortes relacionadas ao coronavírus foram computadas, frente a 81 uma semana antes. No total, mais de 4,8 milhões de casos de covid-19 e 96.727 mortes foram oficialmente registrados na Alemanha até agora.
Há grandes diferenças regionais na incidência da covid-19 no país. O estado da Saxônia registra atualmente a maior taxa de novos casos por 100 mil habitantes em sete dias (483,7), seguido da Turíngia (439,3). Na Saxônia, 57,2% da população está completamente vacinada contra a covid-19, e na Turíngia, 61,1% - índices menores do que o do país como um todo, de 67,2%.
Na Baviera, o terceiro estado com maior incidência de covid-19 (348), onde 65,1% estão vacinados, o governo local introduziu restrições mais severas à vida pública nos últimos dias. Os espaços públicos fechados podem ser acessados atualmente apenas por pessoas que foram vacinadas, estão recuperadas ou que possuem um teste de PCR negativo.
Provável novo governo traça plano anticovid
Ainda em meio a complexas negociações de coalizão, os três partidos que provavelmente formarão o próximo governo da Alemanha começaram a formular novas regras com as quais pretendem conter a pandemia de covid-19.
Nesta segunda-feira, membros do Partido Social-Democrata (SPD), do Partido Verde e do Partido Liberal Democrático (FDP) trabalharam num novo projeto de lei visando discuti-lo no Bundestag (Parlamento alemão) na próxima quinta-feira.
Os planos em discussão incluem a reintrodução do teste gratuito para covid-19. O projeto de lei prevê também testes diários obrigatórios para funcionários e visitantes de lares de idosos, independentemente se foram vacinados ou não. Prevê ainda a reintrodução da chamada "taxa de coronavírus" paga pelo Estado aos hospitais que mantêm alguns de seus leitos de terapia intensiva livres para pacientes com covid-19.
Além disso, os médicos devem escrever a todos os seus pacientes idosos uma recomendação por uma dose de reforço da vacina contra a covid-19. E, por fim, o projeto de lei quer que os pais adquiram uma licença adicional no trabalho caso seus filhos contraiam o vírus, tenham que ficar em quarentena ou se as creches forem forçadas a fechar devido a infecções.
Por outro lado, os três partidos optaram por não introduzir a vacinação obrigatória para todos os adultos, embora uma pesquisa divulgada na semana passada tenha mostrado pela primeira vez que a maioria dos alemães (57%) é a favor da imunização compulsória. A obrigatoriedade é considerada altamente controversa e provavelmente resultaria em uma enxurrada de queixas jurídicas no Tribunal Constitucional da Alemanha.
Pandemia dos não vacinados
Na semana passada, o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, afirmou que o país já entrou na quarta onda da pandemia de covid-19 e que, no momento, o país vive uma "pandemia dos não vacinados".
Uma pesquisa recente aumentou essas preocupações, ao revelar que 65% dos não vacinados não pretendem receber a vacina contra o coronavírus nos próximos dois meses. Outros 23% afirmaram que "provavelmente não o farão". Apenas 2% disseram que planejam tomar a vacina, mas ainda não conseguiram.
Especialistas consideram, no entanto, que agora o sistema de saúde seja capaz de suportar mais infecções do que antes da vacinação, pois os imunizantes oferecem alta proteção contra casos graves da covid-19. Mesmo assim, médicos temem que, se a tendência de alta nos casos se mantiver, o número de pacientes internados em UTIs devido à covid-19 dobre nas próximas semanas.
lf (ARD, Reuters, DW)
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