EUA confirmam primeiro caso da nova variante ômicron
Os Estados Unidos confirmaram na tarde de hoje o primeiro caso da nova variante do coronavírus, descoberta na África do Sul e batizada de ômicron. O caso foi detectado na Califórnia. Mais de 20 outras nações agora têm casos da variante, dentre eles, o Brasil. (Veja lista abaixo)
Segundo informações do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) e do dr. Anthony Fauci, principal assessor em Saúde do governo americano, a pessoa era um viajante que voltou da África do Sul em 22 de novembro e o teste foi positivo na segunda-feira, dia 29 de novembro. Fauci disse que a pessoa já tinha sido vacinada, mas que não recebeu a dose de reforço. Agora ela apresenta "sintomas leves" da doença.
O CDC também informou que as pessoas que tiveram contato próximo com esse paciente foram identificadas e submetidas a testes.
Sabíamos que era apenas uma questão de tempo antes que o primeiro caso de ômicron fosse detectado nos Estados Unidos. Fauci a jornalistas
O presidente Joe Biden declarou anteontem que a nova variante da covid-19 "é motivo de preocupação, mas não de pânico", e disse que os especialistas não acreditam que "medidas adicionais" fossem necessárias no país. Nos Estados Unidos apenas 58,14% da população estão completamente vacinados.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirmou na sexta-feira (26) que a nova cepa do SARS-CoV-2, a ômicron, é uma variante de preocupação (VOCs), a quinta classificada dessa forma. Mas essa nova variante surpreendeu os cientistas pelo número oito vezes maior de mutações de outras cepas já classificadas como de preocupação, além da velocidade de contágio.
O órgão máximo da Saúde no mundo aponta que a variante foi detectada a taxas mais rápidas do que os surtos anteriores de infecção.
Esta variante tem um grande número de mutações, algumas das quais preocupantes. As evidências preliminares sugerem um risco maior de reinfecção, em comparação com outras variantes", alertou a OMS. "Nas últimas semanas, as infecções na África do Sul aumentaram acentuadamente, coincidindo com a detecção da variante B.1.1.529. A primeira infecção B.1.1.529 confirmada conhecida foi de um espécime coletado em 9 de novembro de 2021. OMS, ao anunciar a descoberta de nova variante
Horas depois, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, anunciou que o Brasil fecharia as fronteiras aéreas para seis países da África por causa da nova variante do coronavírus. "Vamos resguardar os brasileiros nessa nova fase da pandemia", escreveu Nogueira.
A restrição afeta os passageiros oriundos de África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
Cepa se espalha pelo mundo
A nova cepa já foi detectada em mais de 20 países e territórios até o momento, o que fez com algumas nações, como o Brasil, adotassem restrições.
Veja a lista de casos confirmados até o momento:
- África do Sul
- Holanda
- Austrália
- República Tcheca
- Botsuana
- Hong Kong
- Reino Unido
- Israel
- Alemanha
- Bélgica
- Dinamarca
- Itália
- Canadá
- Portugal
- Áustria
- Espanha
- Suécia
- França
- Japão
- Brasil
- Nigéria
- Arábia Saudita
- Coreia do Sul
- Estados Unidos
- Gana
No Brasil, três pessoas foram infectadas com a nova variante. Os dois primeiros são um casal, um homem de 41 anos e uma mulher de 37—. Eles voltavam de viagem da África do Sul e testaram positivo para a covid-19 no aeroporto de Guarulhos (SP) no dia 25 de novembro, quando apresentavam sintomas leves de covid-19. O casal foi orientado a permanecer em isolamento. Na sequência foram imunizados com a dose única da vacina Janssen na África do Sul.
Nesta quarta-feira (1), a Secretaria da Saúde de São Paulo confirmou o terceiro caso. Trata-se de homem de 29 anos que, vindo da Etiópia, desembarcou no Aeroporto de Guarulhos (SP) no último sábado (27).
Bolsonaro: "Brasil não aguenta novo lockdown"
Antes do anúncio do fechamento das fronteiras, porém, o presidente Bolsonaro chegou a declarar que o Brasil e o mundo não aguentavam ter um novo lockdown, ao comentar sobre a possibilidade da chegada da nova variante da covid-19 ao país.
Tudo pode acontecer. Uma nova variante, um novo vírus. Temos que nos preparar. O Brasil, o mundo, não aguenta um novo lockdown. Vai condenar todo mundo à miséria e a miséria leva à morte também. Não adianta se apavorar. Encarar a realidade. O lockdown não foi uma medida apropriada. Em consequência da política do 'fique em casa e a economia a gente vê depois', a gente está vendo agora. Problemas estamos tendo. Bolsonaro, ao comentar descoberta de nova cepa
Quando questionado sobre a possibilidade de fechar as fronteiras, o presidente disse que não tomaria nenhuma medida irracional. Também disse que não tinha ingerência sobre a realização de festas de Carnaval, que são afeitas aos níveis estaduais e municipais de governo.
"Eu vou tomar medidas racionais. Carnaval, por exemplo, eu não vou pro carnaval. A decisão cabe a governadores e prefeitos. Eu não tenho comando no combate à pandemia. A decisão foi dada, pelo STF, a governadores e prefeitos. Eu fiz a minha parte no ano passado e continuo fazendo. Recursos, material, pessoal, questões emergenciais, como oxigênio lá em Manaus", acrescentou, em seguida.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.