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SP teve 25% de queda de casos de gripe em emergências, diz secretário

Do UOL, em Brasília

27/12/2021 15h03

As urgências e emergências da rede municipal de saúde de São Paulo tiveram no último fim de semana uma queda de 25% da demanda de casos de pessoas com sintomas gripais, segundo afirmou hoje, em entrevista à CNN, o secretário-adjunto de Saúde, Luis Carlos Zamarco.

Segundo ele, a redução começou a ocorrer desde a última quinta-feira (23), quando a gestão municipal passou a realizar atendimentos com agendamento em 469 unidades da rede. O objetivo, afirmou Zamarco, era justamente "tirar a pressão da porta da urgência e da emergência".

São Paulo tem registrado desde a última semana uma alta acelerada de casos de pessoas que procuraram atendimento médico com sintomas gripais —em especial devido ao avanço das infecções pela variante H3N2. O Brasil vive uma epidemia de gripe que, até a última quinta, atingia ao menos 17 estados.

Com o boom de casos de gripe, prontos-socorros de hospitais públicos e privados ficaram lotados em São Paulo e em outras cidades. A demanda fez a Prefeitura de SP reservar leitos para pacientes com esses quadros no Hospital Municipal da Brasilândia, na zona norte da cidade.

"Esse aumento de atendimento na capital. Estamos monitorando desde a semana passada. Houve o aumento significativo e nós priorizamos desde quinta-feira que as 469 unidades de saúde ficassem atendendo com agendamento aberto para tirar a pressão da porta da urgência e da emergência", disse Zamarco à CNN.

"Deu uma diminuída na pressão que estava acontecendo no sistema de saúde na cidade de São Paulo. Observamos no final de semana que houve diminuição de mais ou menos 25% nas portas de urgência e emergência mesmo sem as unidades básicas estarem abertas. Hoje vamos avaliar no final do dia", completou.

O secretário-adjunto relatou que o final de semana anterior ao Natal teve 25 mil atendimentos devido a sintomas gripais em SP, com 48 internações. A média, segundo ele, deve cair para um patamar de 15 mil a 18 mil atendimentos.

Ele declarou ainda considerar que o índice de internações decorrentes desses atendimentos é considerado baixo.

"Essa semana continua uma semana toda de atendimento, mantendo uma média de 15.000 a 18.000 atendimentos por dia. Tivemos 118 internações em UTI por síndrome gripal, e 210 em enfermaria por síndrome gripal. Se você prestar atenção que ao longo de dez dias foram aí mais ou menos 180 mil atendimentos, uma média de 10% de internações é uma média muito baixa."