Apagão de dados dura 18 dias e impacta registros de vacinação contra covid
O apagão nos dados de vacinação no Brasil já dura 18 dias. Nesta terça-feira, 13 estados não informaram o número de novas doses aplicadas: Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Alagoas, Paraíba, Tocantins, Amapá, Acre, Roraima, Rondônia. Ontem, faltaram dados de 14 estados. As informações são do consórcio de imprensa, do qual o UOL faz parte.
A atualização dos números está apresentando problemas desde 10 de dezembro, quando sites e plataformas do Ministério da Saúde sofreram um ataque hacker.
Os dados, portanto, estão bastante subnotificados. Hoje, o percentual de pessoas vacinadas com a primeira dose no Brasil atingiu 66,98%. É apenas 0,16 ponto percentual a mais do que ontem (66,82%).
Já a taxa de pessoas que receberam a dose de reforço passou de 11,71% ontem para 11,96% —um avanço ínfimo de 0,25 ponto percentual.
Sem os dados completos, não é possível saber, ao certo, qual é o ritmo da vacinação no país. Isso é particularmente preocupante em um cenário de festas de fim de ano, que podem gerar aglomerações e facilitar o contágio, e de avanço da variante ômicron.
"Informamos que as últimas atualizações dos dados de vacinas foram as realizadas às 21 horas de quinta-feira (09/12), pois esse sistema ainda permanece sem reativação", informou o governo de Goiás.
Na Paraíba, "a Secretaria de Estado da Saúde informa que, devido à instabilidade nos sistemas e-SUS Notifica e SI-PNI (Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações), não há referentes às doses de vacinas aplicadas nesta terça (28)."
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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