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Covid-19: Prefeituras cobram do governo federal mais testes e profissionais

O Consórcio Conectar também alega que estoques de medicamentos estão acabando  - JOÃO GABRIEL ALVES/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
O Consórcio Conectar também alega que estoques de medicamentos estão acabando Imagem: JOÃO GABRIEL ALVES/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

Colaboração para o UOL

06/01/2022 11h39Atualizada em 06/01/2022 12h02

Mais de dois mil prefeitos, integrantes do Consórcio Conectar, enviaram ontem um ofício ao Ministério da Saúde cobrando apoio à rede de atenção básica, em meio ao aumento de casos de covid-19 e infecção por influenza H3N2. Eles requisitam mais testes, equipamentos e contratação de profissionais temporários.

O documento é endereçado ao secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz. Nele, os municípios pedem auxílio na implementação de estruturas adequadas de testagem para a covid-19 como medida de contenção do contágio e da circulação de novas variantes do vírus, como a Ômicron.

O ofício pede o reforço do envio de testes de antígeno e suporte com estruturas fixas e móveis de testagem, por meio de equipamentos ou no financiamento para a contratação de equipes temporárias.

"Os registros mostram a queda constante do distanciamento social em função da ampliação da vacinação, das altas temperaturas de verão e da ansiedade de todos pela retomada integral das atividades. Por isso, acreditamos que a testagem rápida da população é o caminho para identificarmos com a velocidade necessária as pessoas que precisam ser isoladas e acompanhadas", argumenta Gean Loureiro, prefeito de Florianópolis (SC) e presidente do consórcio.

Os prefeitos também alegam que a alta demanda por atendimento médico esgotou estoques de medicamentos, a exemplo do antiviral Oseltamivir.

"Desta forma, o Consórcio de Cidades também solicita ao governo federal o envio de estoques adicionais do referido medicamento ou de recursos especiais para que os municípios possam fazer a aquisição evitando a possível evolução dos casos", pontuou Loureiro.

Explosão de casos

Nas duas últimas semanas, a cidade de São Paulo teve um salto de 53% na quantidade de casos de covid-19. Paralelamente, a taxa de leitos de UTI ocupados aumentou de 21% para 38%.

Os dados, compilados pelo UOL por meio dos boletins diários divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, indicam aumento de notificações em meio ao avanço da variante ômicron no Brasil.

Entre os dias 30 de dezembro e 5 de de janeiro, foram computados 14.941 novos casos da doença. No intervalo entre os dias 23 e 29 de dezembro, a quantidade de notificações foi menor: 9.704 diagnósticos.

A taxa de ocupação de leitos de UTI em hospitais públicos da capital também aumentou, embora tenha apresentado oscilações no período de duas semanas.

Entre 23 e 29, houve queda de 21% para 9%. No entanto, de um dia para o outro o percentual subiu. Passou de 9% para 25%. Até a noite de ontem (5), o registro de ocupação em UTIs era de 38%.