Covid: 143,9 milhões de brasileiros completam vacinação, 67,4% da população
O Brasil chegou hoje à marca de 143,9 milhões de habitantes que concluíram o ciclo vacinal contra a covid-19. Até agora, 143.955.901 brasileiros receberam as duas doses ou a dose única de imunizante, o que representa 67,48% da população do país. As informações são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nos números fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.
Desde o dia 10 de dezembro, o país enfrenta um apagão de dados quanto à vacinação e ao registro de casos e óbitos provocados pela covid-19. O problema foi causado por uma invasão hacker ao site do Ministério da Saúde, ao aplicativo e à página do ConecteSUS (plataforma que mostra comprovantes de vacinação contra a covid-19). Alguns estados ainda encontram dificuldades de acesso ao sistema do governo federal.
Ao todo, foram aplicadas 773.452 doses de vacina contra a covid-19 em todo o território nacional entre ontem e hoje. Neste período, 145.599 pessoas finalizaram o esquema vacinal - destas, 143.841 receberam a segunda dose e outras 1.758, a única. Também foram ministradas 60.303 primeiras e 567.550 de reforço nas últimas 24 horas.
O total de primeiras doses aplicadas até o momento chegou a 161.560.434, o equivalente a 75,74% da população nacional. Já 28.482.658 brasileiros receberam a dose de reforço até o momento.
Em termos percentuais, o estado de São Paulo conta com a maior parcela da população com vacinação completa: 78,78% de seus habitantes. Piauí (74,7%), Mato Grosso do Sul (72,31%), Minas Gerais (72,1%) e Distrito Federal (70,56%) completam os cinco primeiros.
O Piauí se mantém na liderança quanto à aplicação da primeira dose: 83,16% de sua população já foi imunizada com a dose inicial. Na sequência, estão São Paulo (82,17%), Santa Catarina (78,72%), Paraná (77,95%) e Rio Grande do Sul (77,66%).
Médicos solicitam ao CFM abertura de processo ético contra Queiroga
Médicos ex-presidentes do Cosems-SP (Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo) solicitaram ao CFM (Conselho Federal de Medicina) abertura de processo ético-profissional contra o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
No documento, assinado pelos membros do Conselho Honorário da entidade em 30 de dezembro, os médicos argumentam que Queiroga praticou infrações que acometem toda a população brasileira, principalmente as crianças entre 5 a 11 anos, alvo de discussão pública por causa da vacinação infantil contra covid-19.
Ontem (5), após resistência do governo federal, o ministro anunciou a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, sem a exigência de prescrição médica.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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