Covid: 144,2 milhões de brasileiros completam vacinação, 67,6% da população
Hoje, o Brasil se manteve na casa dos 144,2 milhões de habitantes com vacinação completa contra a covid-19. Até o momento, 144.291.715 pessoas receberam as duas doses ou a dose única de vacina, o que representa 67,64% da população do país. As informações são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.
Desde 10 de dezembro, os dados referentes à vacinação no país estão comprometidos por conta do ataque hacker ao site do Ministério da Saúde, ao aplicativo e à página do ConecteSUS (plataforma que mostra comprovantes de vacinação contra a covid-19). Alguns estados ainda não conseguiram normalizar o acesso ao sistema do governo federal para registrar as informações.
Nas últimas 24 horas, treze estados divulgaram dados de vacinação. Neste período, 68.867 brasileiros tomaram a segunda dose. Ainda houve a aplicação de 27.865 primeiras e 210.109 de reforço, em um total de 303.459 doses ministradas entre ontem e hoje em todo o Brasil.
Devido a uma revisão nos dados do Maranhão, o total de doses únicas aplicadas nas últimas 24 horas no país ficou negativo: -3.382
Ao todo, 161.630.993 brasileiros foram vacinados com a primeira dose, o correspondente a 75,77% da população nacional, e 29.392.368 imunizados com a dose de reforço.
Proporcionalmente, o estado de São Paulo lidera entre aqueles com a maior parcela de sua população com vacinação completa: 78,89% de seus habitantes. Piauí (74,89%), Minas Gerais (72,47%), Mato Grosso do Sul (72,43%) e Distrito Federal (70,77%) vêm a seguir.
O Piauí ocupa o primeiro lugar com relação à porcentagem de aplicação da primeira dose: 83,19% da população local. Na sequência, aparecem São Paulo (82,2%), Santa Catarina (78,76%), Paraná (77,95%) e Minas Gerais (77,68%).
Aumentar intervalo entre doses para crianças é arriscado, dizem médicos
O Ministério da Saúde decidiu aumentar o intervalo entre as doses da vacina contra covid-19 para crianças. A bula do imunizante da Pfizer-BioNTech prevê uma diferença de três semanas entre as duas aplicações. O governo federal informou, em entrevista coletiva, na quarta-feira (5), que adotará intervalo de oito semanas.
A decisão foi criticada por infectologistas e também educadores ouvidos pelo UOL, por não considerar o cenário atual da pandemia de coronavírus, que sugere uma nova onda de infecções a um mês do retorno às aulas presenciais.
À imprensa, o Ministério da Saúde elencou duas motivações para o maior espaçamento entre as doses: maior eficácia na produção de anticorpos neutralizantes e redução de riscos de efeitos adversos —em especial, a miocardite (inflamação do músculo cardíaco).
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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