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Covid: Com 219 mil, Brasil tem recorde de casos conhecidos em 24 horas

Juliana Arreguy, Sara Baptista e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

26/01/2022 19h23Atualizada em 20/07/2022 19h53

O Brasil teve 219.878 novos casos conhecidos de covid-19 nas últimas 24 horas. O número é o maior já registrado em um só dia desde o começo da pandemia. A média móvel de casos conhecidos também registrou valor recorde, de 161.870, e está em aceleração (169%) há 29 dias. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Desde as 20h de ontem também foram registradas 606 mortes pela doença. O número é o mais alto desde 15 de outubro de 2021, quando 526 óbitos foram contabilizados de um dia para o outro. Em 12 de novembro de 2021, foram registrados 612 óbitos, mas resultado de dados represados.

Já a média móvel de mortes da última semana está em 369, outro valor que não se via desde outubro do ano passado. Em 20 de outubro, a média foi de 380 óbitos diários.

O índice calcula a média diária de mortes a partir dos dados registrados nos últimos sete dias. A fórmula é considerada a mais indicada para analisar a pandemia, pois corrige distorções nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos finais de semana e feriados.

Pelo 14º dia seguido, o Brasil apresenta alta (194%) em relação à média móvel de mortes. A variação é calculada comparando a média do dia com a de 14 dias atrás. Se o valor fica abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre os dois valores, estabilidade.

Quatro das cinco regiões do país também apresentam tendência de alta: Centro Oeste (163%), Norte (103%), Sudeste (70%) e Sul (93%). Apenas o Nordeste (14%) apresenta estabilidade.

Vinte e um estados e mais o DF estão em aceleração, quatro estados estão estáveis e apenas um está em queda.

No total, já foram feitos 24.553.950 diagnósticos positivos da doença e 624.507 pessoas perderam a vida em decorrência da covid-19 no país.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (229%)
  • Minas Gerais: alta (207%)
  • Rio de Janeiro: alta (129%)
  • São Paulo: alta (363%)

Região Norte

  • Acre: alta (200%)
  • Amazonas: alta (246%)
  • Amapá: alta (150%)
  • Pará: queda (-49%)
  • Rondônia: estabilidade (-12%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (325%)
  • Bahia: alta (43%)
  • Ceará: alta (404%)
  • Maranhão: alta (63%)
  • Paraíba: alta (144%)
  • Pernambuco: estabilidade (-2%)
  • Piauí: alta (100%)
  • Rio Grande do Norte: alta (567%)
  • Sergipe: alta (267%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (89%)
  • Goiás: alta (312%)
  • Mato Grosso: alta (38%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (262%)

Região Sul

  • Paraná: alta (371%)
  • Rio Grande do Sul: alta (363%)
  • Santa Catarina: alta (276%)

Dados do Ministério da Saúde

O Brasil registrou 224.567 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, como informou o Ministério da Saúde em boletim divulgado hoje. Até o momento, o total de infectados pelo novo coronavírus chegou a 24.535.884 em todo o país desde o começo da pandemia.

Pelas informações do ministério, entre ontem e hoje foram notificadas 570 novas mortes causadas pela doença. Desde março de 2020, o total de óbitos provocados pela covid-19 no país chegou a 624.413.

Segundo o governo federal, houve 22.036.168 casos recuperados da doença até aqui, com outros 1.875.303 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.