Covid: Brasil tem mais de 900 mortes em 24 horas pela 1ª vez desde agosto
O Brasil registrou mais de 900 mortes de covid-19 nesta quarta-feira (2) pela primeira vez desde o dia 25 de agosto. Nas últimas 24 horas, foram registradas 946 mortes pela doença no país. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
A média móvel de mortes da última semana está em 653, o mais alto desde 31 de agosto. O dado calcula a média diária de mortes a partir dos números dos últimos sete dias.
Ao longo de toda a pandemia, 629.078 pessoas já perderam a vida em decorrência da covid-19 no país.
A média móvel de casos conhecidos de covid-19 ficou hoje em 179.962. Desde as 20h de ontem, foram conhecidos 188.552 testes positivos para a doença no Brasil. No total, já foram feitos 25.813.685 diagnósticos positivos da doença.
Diversos estados tiveram problemas para reportar os dados hoje e atribuem isso a instabilidades no sistema. O Ceará não informou número de casos e mortes. No caso do Paraná, os números tiveram um salto porque estavam represados.
A Secretaria de Saúde de São Paulo afirma que os dados estão incompletos pelo mesmo problema. Pernambuco afirma que teve um atraso na divulgação e que alguns dados aumentaram também em função de um represamento que aconteceu nos dias anteriores.
Pelo 20º dia seguido, o Brasil apresenta alta (178%) em relação à média móvel de mortes. Todas as regiões do Brasil também estão em aceleração: Centro-Oeste (196%), Nordeste (139%), Norte (194%), Sudeste (201%) e Sul (168%).
Essa variação é calculada comparando a média com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se o valor ficar acima de 15%, indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.
Vinte e dois estados e mais o DF estão em alta, e três estados estão estáveis.
A média móvel de casos conhecidos está em alta (63%) há mais de um mês.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
- Espírito Santo: alta (227%)
- Minas Gerais: alta (217%)
- Rio de Janeiro: alta (239%)
- São Paulo: alta (143%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (0%)
- Amazonas: alta (421%)
- Amapá: alta (120%)
- Pará: alta (69%)
- Rondônia: alta (28%)
- Roraima: estabilidade (0%)
- Tocantins: estabilidade (0%)
Região Nordeste
- Alagoas: alta (192%)
- Bahia: alta (112%)
- Ceará: não atualizou dados
- Maranhão: alta (63%)
- Paraíba: alta (600%)
- Pernambuco: alta (92%)
- Piauí: alta (53%)
- Rio Grande do Norte: alta (186%)
- Sergipe: alta (400%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: alta (309%)
- Goiás: alta (146%)
- Mato Grosso: alta (171%)
- Mato Grosso do Sul: alta (322%)
Região Sul
- Paraná: alta (963%)
- Rio Grande do Sul: alta (286%)
- Santa Catarina: alta (210%)
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje que houve o registro de 172.903 diagnósticos positivos de covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, o total de casos confirmados da doença chegou a 25.793.112.
Pelos números informados pela pasta, foram computadas 893 novas mortes causadas pela doença entre ontem e hoje, elevando para 628.960 o total de óbitos em todo o país.
De acordo com o governo federal, houve 22.464.029 casos recuperados de covid-19 até o momento no Brasil, com outros 2.700.123 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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