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Covid: Brasil registra 1.295 mortes em 24h, pior marca desde 29 de julho

Brasil já registrou mais de 635 mil mortes causadas pela covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde - Bruno Kelly
Brasil já registrou mais de 635 mil mortes causadas pela covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde Imagem: Bruno Kelly

Isabella Cavalcante, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL, em São Paulo e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e São Paulo

09/02/2022 19h13Atualizada em 09/02/2022 20h37

O Brasil ultrapassou novamente mil mortes em 24 horas pela covid-19. Hoje, foram registrados 1.295 óbitos em decorrência da doença, o que não acontecia desde 29 de julho de 2021, quando o país notificou 1.354 vidas perdidas.

Já média móvel de óbitos ficou em 873 — acima de 700 pelo sexto dia consecutivo. A marca não era atingida desde 12 de agosto, quando ficou em 884. A média móvel é o índice mais confiável para checar o avanço ou regresso da pandemia, calculada a partir da média de mortes dos últimos sete dias. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Desde o início da pandemia, o Brasil teve 635.189 vidas perdidas para a doença.

Todas as regiões estão em aceleração na média móvel de mortes: Centro Oeste (56%), Nordeste (126%), Norte (133%), Sudeste (127%) e Sul (176%). No país como um todo, a tendência é de aceleração (109%). Vinte e três estados e o Distrito Federal também estão em tendência de alta, três estão estáveis e nenhum em queda.

Essa variação é calculada comparando a média com o mesmo índice de 14 dias atrás. O valor acima de 15% indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

Nas últimas 24 horas, foram notificados 184.734 novos casos conhecidos de covid-19. Desde o início da pandemia já foram registrados 26.960.153 casos conhecidos.

Já a média móvel ficou em 163.781. A média móvel de casos veio desacelerando no último mês e, hoje, pelo quarto dia seguido, voltou a apresentar tendência de estabilidade, com -4%.

Ao todo, dez estados apresentaram tendência de alta na média móvel de casos; já o Distrito Federal e 11 estados estão estáveis e cinco em queda.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (187%)
  • Minas Gerais: alta (221%)
  • Rio de Janeiro: alta (244%)
  • São Paulo: alta (93%)

Região Norte

  • Acre: alta (357%)
  • Amazonas: alta (45%)
  • Amapá: alta (17%)
  • Pará: alta (138%)
  • Rondônia: alta (68%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (105%)
  • Bahia: alta (136%)
  • Ceará: alta (153%)
  • Maranhão: alta (110%)
  • Paraíba: alta (189%)
  • Pernambuco: alta (98%)
  • Piauí: alta (268%)
  • Rio Grande do Norte: alta (91%)
  • Sergipe: alta (217%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (195%)
  • Goiás: estabilidade (10%)
  • Mato Grosso: alta (77%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (109%)

Região Sul

  • Paraná: alta (62%)
  • Rio Grande do Sul: alta (80%)
  • Santa Catarina: alta (37%)

Dados do Ministério da Saúde

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 1.264 novas mortes provocadas pela covid-19, como informou o Ministério da Saúde em boletim divulgado hoje (9). Com os últimos dados revelados pela pasta, o total de óbitos causados pela doença em todo o país chegou a 635.074 desde o começo da pandemia.

Pelos números do ministério, houve 178.814 casos confirmados de covid-19 no território nacional entre ontem e hoje. Desde março de 2020, o total de infectados subiu para 26.955.434.

De acordo com o governo federal, houve 23.303.192 casos recuperados da doença até o momento, com outros 3.017.168 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.