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Covid: Ministério da Saúde não recomenda duas doses da vacina de reforço

O informe da Saúde está de acordo com a posição de Queiroga. Para o ministro, é fundamental o avanço na aplicação das doses de reforço anticovid, desde que seja feito com respaldo técnico - Reprodução/ Flickr Ministério da Saúde
O informe da Saúde está de acordo com a posição de Queiroga. Para o ministro, é fundamental o avanço na aplicação das doses de reforço anticovid, desde que seja feito com respaldo técnico Imagem: Reprodução/ Flickr Ministério da Saúde

Colaboração para o UOL, em Brasília

11/02/2022 22h23

Em nota informativa publicada hoje, o Ministério da Saúde se posicionou contra a aplicação da quarta dose de vacina contra a covid-19 na população geral —inclusive em pessoas com 60 anos ou mais.

Na avaliação do grupo que subsidiou o documento, há necessidade de evidências científicas mais concretas para a inclusão de mais uma dose reforço no esquema vacinal.

"O Ministério da Saúde, com base nos dados existentes neste momento, não recomenda a quarta dose de vacinas ou segunda dose de reforço contra a covid-19 para população geral, incluindo indivíduos a partir de 60 anos de idade", orienta o informe.

O documento foi publicado após reunião da equipe técnica da Ctai Covid-19 nesta sexta-feira (11).

"Chegou-se à conclusão de que não há recomendação de se instituir, no momento, a 4ª dose de vacinas Covid à população brasileira, exceto imunocomprometidos", informou o ministério.

Imunocompretidos devem tomar 4ª dose

A Ctai manteve a orientação de que pessoas imunocomprometidas acima de 12 anos devam tomar uma segunda dose de reforço. Enquadram-se nesse grupo, por exemplo:

  • Pessoas com HIV;
  • Pessoas com imunodeficiências;
  • Pessoas com neoplasias hematológicas;
  • Transplantados de órgão sólido ou medula óssea;
  • Pessoas com doenças reumáticas e em uso de corticoides;
  • Pessoas que fizeram quimioterapia 6 meses antes da vacina.

O reforço para o público de até 17 anos deve ser feito com a vacina da Pfizer.

Informe está alinhado com Queiroga

A recomendação da pasta está alinhada com a posição do ministro Marcelo Queiroga.

Doria e Queiroga têm protagonizado discussões públicas sobre aplicação de 4ª dose - Governo do Estado de São Paulo/Isac Nóbrega/PR - Governo do Estado de São Paulo/Isac Nóbrega/PR
Doria e Queiroga têm protagonizado discussões públicas sobre aplicação de 4ª dose
Imagem: Governo do Estado de São Paulo/Isac Nóbrega/PR

"Essa ansiedade em querer aplicar a quarta dose sem evidência científica não ajuda o enfrentamento da pandemia. É fundamental avançar na dose de reforço", disse Queiroga no início desta semana.

A declaração do ministro se deu depois de o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ter dito a jornalistas que o Estado deverá adotar a quarta dose da vacina anticovid "independente de haver, ou não, recomendação do Ministério da Saúde".

Hoje, coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, João Gabbardo disse que o Estado deve iniciar a aplicação da quarta dose em 4 de abril. A estratégia foi definida após reunião do Programa Estadual de Imunização.