Em nota técnica, Fiocruz diz que fake news atrapalham a vacinação infantil
A difusão de notícias falsas tem acarretado a resistência de famílias e, consequentemente, a lentidão no processo de vacinação infantil no Brasil, segundo nota técnica divulgada hoje pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
O Brasil iniciou em 15 de janeiro de 2022 a vacinação infantil contra a Covid-19, após a Anvisa aprovar a indicação de seu uso em crianças de 5 a 11 anos em 16 de dezembro de 2021. Contudo, a difusão de notícias falsas tem provocado resistência das famílias sobre a eficácia e segurança da imunização para esta faixa etária, mesmo que todas as evidências científicas disponíveis atualmente sejam favoráveis a esta medida. E o contexto não poderia ser mais preocupante: o retorno das atividades escolares presenciais. Trecho de nota técnica da Fiocruz
A vacinação infantil foi liberada para crianças de 5 a 10 anos com comorbidades em 14 de janeiro e para o público geral, em 20 de janeiro —quando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a CoronaVac para jovens e crianças de 6 a 17 anos, com exceção de imunossuprimidos.
Antes de começar a campanha de vacinação, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, abriu consulta pública sobre o tema.
O próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) atacou a vacinação infantil, que chamou de "propaganda", e disse que não vacinaria a filha mais nova, de 11 anos.
Após a aprovação da CoronaVac, o ministério demorou a anunciar intenção de compra e os estados tiveram de usar o resto do estoque, guardado, para agilizar as aplicações. São Paulo, ligado ao Butantan e com estoque grande, conseguiu agilizar a imunização.
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