Queiroga diz que CoronaVac só deve ser usada em crianças e adolescentes
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou hoje que, com o fim do estado de emergência sanitária nacional da covid-19, a vacina CoronaVac deve ficar restrita a crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos.
"Mais de um ano após, ainda não se conseguiu colecionar evidência científica para que esse imunizante tivesse o registro definitivo. Para o esquema vacinal primário em adultos, esse imunizante — isso é consenso em países que têm agências regulatórias do porte da Anvisa —, ele não é usado para o esquema vacinal primário. Ele pode ser usado para esquema vacinal primário no Brasil para a faixa etária compreendida entre 5 e 18 anos", disse em entrevista coletiva.
Segundo o ministro, a pasta pediu a renovação do registro emergencial da vacina para crianças e adolescentes por mais um ano. A medida ainda precisa ser aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Ontem, Queiroga anunciou o fim da situação de emergência sanitária nacional pela pandemia da covid-19. A condição era o que permitia que imunizantes sem o registro definitivo fossem usados no país. As vacinas da Janssen, Astrazeneca e Pfizer já possuem a aprovação permanente.
A CoronaVac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, foi o primeiro imunizante contra covid-19 a ser aplicado em território nacional, em 17 de janeiro de 2021.
Procurado pelo UOL, o Instituto Butantan informou que ainda não foi notificado sobre a revogação do estado de emergência e que portanto não há qualquer mudança nas diretrizes de saúde pública do imunizante.
"Vale lembrar que qualquer solicitação do governo deve passar pela votação da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que, se aprovada, deve permitir que as vacinas em uso emergencial continuem em uso pelo período de um ano", diz nota enviada pelo instituto.
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