Covid: Após 70 dias, média móvel de mortes no Brasil volta a registrar alta
A média de mortes por covid-19 no Brasil voltou a registrar alta após 70 dias. Hoje, o índice ficou em 124. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
O indicador ficou 20% maior na comparação com o de 14 dias atrás. Se o valor ficar acima de 15%, indica tendência de alta. Quando está abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.
A média móvel é considerada por especialistas a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia.
Durante 68 dias, a média móvel de mortes se manteve em queda, mas deixou esse patamar e registrou estabilidade na quarta (27) e na quinta-feira (28).
Apesar disso, nenhuma região do país acompanhou a tendência nacional de alta nos óbitos. Duas das cinco regiões registraram estabilidade nos óbitos: Centro-Oeste (13%) e Norte (8%). Já outras três tiveram queda: Nordeste (-16%), Sudeste (-20%) e Sul (-23%).
Por outro lado, na análise pormenorizada, 11 estados tiveram elevação na média de mortes. Seis estados registraram estabilidade e outros nove e o Distrito Federal tiveram queda nos registros.
Nas últimas 24 horas, foram registradas 195 mortes pela doença no país. Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul não notificaram óbitos pela doença nesta sexta-feira (29).
Em Rondônia, o número foi negativo, com menos uma morte registrada no sistema. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, o município de Alto Alegre dos Parecis "retirou um óbito do sistema, pois tratava-se de duplicidade de registro". Desde o início da pandemia, foram 663.484 vidas perdidas em decorrência da covid-19 no Brasil.
Além disso, hoje foram 14.463 novos casos conhecidos da doença. Com isso, o país acumula 30.429.140 registros desde o início da pandemia.
A média móvel de casos ficou em 13.548 registros. Após 39 dias em queda, o indicador voltou a registrar estabilidade - hoje ficou em -9% na comparação com o de 14 dias atrás.
Três das cinco regiões do país acompanham esse cenário e outras duas têm queda. Já entre as unidades da federação, 12 registram queda, sete têm estabilidade e oito, aumento.
Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-95%)
- Minas Gerais: estabilidade (-13%)
- Rio de Janeiro: alta (158%)
- São Paulo: alta (45%)
Região Norte
- Acre: alta (300%)
- Amazonas: queda (-50%)
- Amapá: estabilidade (0%)
- Pará: estabilidade (14%)
- Rondônia: alta (200%)
- Roraima: alta (300%)
- Tocantins: estabilidade (0%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-73%)
- Bahia: queda (-26%)
- Ceará: estabilidade (14%)
- Maranhão: alta (200%)
- Paraíba: estabilidade (0%)
- Pernambuco: queda (-44%)
- Piauí: queda (-67%)
- Rio Grande do Norte: alta (17%)
- Sergipe: queda (-83%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estabilidade (-24%)
- Goiás: alta (20%)
- Mato Grosso: alta (60%)
- Mato Grosso do Sul: alta (17%)
Região Sul
- Paraná: queda (-54%)
- Rio Grande do Sul: queda (-18%)
- Santa Catarina: alta (80%)
Dados do governo
Em boletim divulgado hoje (29), o Ministério da Saúde informou que foram notificadas 185 novas mortes causadas pela covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença provocou 663.410 óbitos em todo o território nacional.
Pelos números da pasta, houve 14.122 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no país entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 30.433.042 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, houve 29.507.557 casos recuperados da doença até agora, com outros 262.075 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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