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Covid: Média móvel de mortes volta a ficar acima de 100 após 2 dias

Brasil superou a marca de 666 mil mortes causadas pela covid-19 - Roberto Sungi/Futura Press/Estadão Conteúdo
Brasil superou a marca de 666 mil mortes causadas pela covid-19 Imagem: Roberto Sungi/Futura Press/Estadão Conteúdo

Mariana Durães, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo

25/05/2022 18h28Atualizada em 25/05/2022 21h07

Após dois dias, a média móvel de mortes por covid-19 no Brasil voltou a ficar acima de 100. Hoje, chegou a 105, mas continua em tendência de estabilidade.

O indicador não registrou variação em relação a 14 dias atrás. Se fica acima de 15%, tendência é de alta. Quando fica abaixo de -15%, de queda; entre 15% e -15%, como hoje, que marcou 0%, indica estabilidade. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

A média móvel é considerada por especialistas como a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia. O índice é calculado a partir da média de mortes - ou de casos -, dos últimos sete dias.

Apenas o Sudeste segue o cenário nacional de estabilidade, com variação de -11%. Já outras três regiões registram tendência de alta: Centro-Oeste (34%), Norte (28%) e Sul (38%). Enquanto o Nordeste registra queda de -22%.

Na análise por unidade federativa, 11 estados apresentam tendência de estabilidade na média de mortes e outros 10 estados e o Distrito Federal, de alta. Em cinco outros estados, a tendência é de queda.

Nas últimas 24 horas foram 157 mortes no Brasil. Acre, Alagoas, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Roraima, e Sergipe não registraram óbitos nesta quarta-feira (25). Hoje, o país passou a marca de 666 mil vidas perdidas em decorrência da doença, chegando a um acumulado de 666.112.

Além disso, o Brasil teve 6.000 novos casos conhecidos da doença nas últimas 24 horas. Com isso, chegou ao acumulado de 30.838.912 testes positivos desde o início da pandemia.

A média móvel de casos completou uma semana em estabilidade. Hoje, ficou em 14.455, com variação de -13% em relação a 14 dias atrás.

Apenas o Sudeste acompanha tendência de estabilidade, com variação de 2%. Já as outras quatro regiões têm queda nos casos: Centro-Oeste (-32%), Nordeste (-24%), Norte (-27%) e Sul (-20%). Entre as unidades da federação, oito registram tendência de alta; outras oito de estabilidade e 11, de queda.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (300%)
  • Minas Gerais: alta (25%)
  • Rio de Janeiro: queda (-51%)
  • São Paulo: estabilidade (8%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: estabilidade (0%)
  • Amapá: estabilidade (0%)
  • Pará: alta (63%)
  • Rondônia: queda (-67%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-100%)
  • Bahia: queda (-17%)
  • Ceará: estabilidade (12%)
  • Maranhão: estabilidade (0%)
  • Paraíba: alta (50%)
  • Pernambuco: estabilidade (13%)
  • Piauí: estabilidade (0%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-90%)
  • Sergipe: estabilidade (0%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (67%)
  • Goiás: alta (17%)
  • Mato Grosso: alta (50%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (50%)

Região Sul

  • Paraná: alta (40%)
  • Rio Grande do Sul: alta (28%)
  • Santa Catarina: alta (44%)

Dados do governo

O Ministério da Saúde divulgou hoje (25) que o Brasil reportou 132 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença provocou 666.037 óbitos em todo o país.

Pelos números do ministério, houve 9.787 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, o que elevou o total de infectados para 30.846.602 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 29.895.469 casos recuperados da doença até o momento, com outros 285.096 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.