Covid: Média móvel de mortes volta a ficar acima de 100 após 2 dias
Após dois dias, a média móvel de mortes por covid-19 no Brasil voltou a ficar acima de 100. Hoje, chegou a 105, mas continua em tendência de estabilidade.
O indicador não registrou variação em relação a 14 dias atrás. Se fica acima de 15%, tendência é de alta. Quando fica abaixo de -15%, de queda; entre 15% e -15%, como hoje, que marcou 0%, indica estabilidade. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
A média móvel é considerada por especialistas como a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia. O índice é calculado a partir da média de mortes - ou de casos -, dos últimos sete dias.
Apenas o Sudeste segue o cenário nacional de estabilidade, com variação de -11%. Já outras três regiões registram tendência de alta: Centro-Oeste (34%), Norte (28%) e Sul (38%). Enquanto o Nordeste registra queda de -22%.
Na análise por unidade federativa, 11 estados apresentam tendência de estabilidade na média de mortes e outros 10 estados e o Distrito Federal, de alta. Em cinco outros estados, a tendência é de queda.
Nas últimas 24 horas foram 157 mortes no Brasil. Acre, Alagoas, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Roraima, e Sergipe não registraram óbitos nesta quarta-feira (25). Hoje, o país passou a marca de 666 mil vidas perdidas em decorrência da doença, chegando a um acumulado de 666.112.
Além disso, o Brasil teve 6.000 novos casos conhecidos da doença nas últimas 24 horas. Com isso, chegou ao acumulado de 30.838.912 testes positivos desde o início da pandemia.
A média móvel de casos completou uma semana em estabilidade. Hoje, ficou em 14.455, com variação de -13% em relação a 14 dias atrás.
Apenas o Sudeste acompanha tendência de estabilidade, com variação de 2%. Já as outras quatro regiões têm queda nos casos: Centro-Oeste (-32%), Nordeste (-24%), Norte (-27%) e Sul (-20%). Entre as unidades da federação, oito registram tendência de alta; outras oito de estabilidade e 11, de queda.
Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:
Região Sudeste
- Espírito Santo: alta (300%)
- Minas Gerais: alta (25%)
- Rio de Janeiro: queda (-51%)
- São Paulo: estabilidade (8%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (0%)
- Amazonas: estabilidade (0%)
- Amapá: estabilidade (0%)
- Pará: alta (63%)
- Rondônia: queda (-67%)
- Roraima: estabilidade (0%)
- Tocantins: estabilidade (0%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-100%)
- Bahia: queda (-17%)
- Ceará: estabilidade (12%)
- Maranhão: estabilidade (0%)
- Paraíba: alta (50%)
- Pernambuco: estabilidade (13%)
- Piauí: estabilidade (0%)
- Rio Grande do Norte: queda (-90%)
- Sergipe: estabilidade (0%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: alta (67%)
- Goiás: alta (17%)
- Mato Grosso: alta (50%)
- Mato Grosso do Sul: alta (50%)
Região Sul
- Paraná: alta (40%)
- Rio Grande do Sul: alta (28%)
- Santa Catarina: alta (44%)
Dados do governo
O Ministério da Saúde divulgou hoje (25) que o Brasil reportou 132 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença provocou 666.037 óbitos em todo o país.
Pelos números do ministério, houve 9.787 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, o que elevou o total de infectados para 30.846.602 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, houve 29.895.469 casos recuperados da doença até o momento, com outros 285.096 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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