Varíola dos macacos: Anvisa decide criar comitê técnico de emergência
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu criar um comitê técnico de emergência para acompanhar os casos de varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox. A ideia é que áreas técnicas de pesquisa clínica, registro, boas práticas de fabricação e farmacovigilância atuem em colaboração com profissionais de saúde e a comunidade científica.
Hoje, o Brasil chegou a 978 notificações da doença, segundo o Ministério da Saúde. A maioria das infecções foi registrada em São Paulo (744) e no Rio de Janeiro (117). No mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), já foram reportados mais de 18 mil casos em 78 países.
"A atuação do Comitê permitirá ações coordenadas e céleres para salvaguardar a Saúde Pública, reunindo as melhores experiências disponíveis nas autoridades reguladoras, permitindo acelerar o desenvolvimento e as ações que envolvem pesquisas clínicas e autorização de medicamentos e vacinas", diz o comunicado da Anvisa.
Segundo a agência, a equipe técnica vai produzir protocolos de ensaios clínicos, além de discutir com desenvolvedores de medicamentos como tratar, prevenir ou diagnosticar a doença. Com isso, será possível a rápida aprovação e conclusão de testes que vão fornecer dados necessários para a tomada de decisões que podem frear a disseminação da doença.
No sábado (23), a OMS decretou emergência sanitária global para a varíola dos macacos, termo usado quando há "um evento extraordinário que constitui um risco à saúde pública de outros Estados através da disseminação internacional da doença."
A entidade recomenda a vacinação das pessoas que tiveram contato com infectados. Uma vacina já foi aprovada no Canadá, Estados Unidos e União Europeia, e outras duas são consideradas, informou a OMS.
Doença
A varíola dos macacos é causada por um vírus e transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode se dar por meio de abraço, beijo, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo infectado.
Não há tratamento específico, mas, de forma geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.
Sintomas
O paciente pode ter febre, dor no corpo e apresentar manchas, pápulas [pequenas lesões sólidas que aparecem na pele] que evoluem para vesículas [bolha contendo líquido no interior] até formar pústulas [bolinhas com pus] e crostas [formação a partir de líquido seroso, pus ou sangue seco].
* Com informações de Estadão Conteúdo
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