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TSE rejeita novamente pedido de pronunciamento de Queiroga em rádio e TV

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e Zé Gotinha  - Roberto Casemiro/FotoArena/Estadão Conteúdo
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e Zé Gotinha Imagem: Roberto Casemiro/FotoArena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

09/08/2022 17h00Atualizada em 09/08/2022 18h04

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, rejeitou o novo pedido do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a fim de fazer um pronunciamento em rádio e televisão sobre a campanha da vacinação contra a poliomielite e a de multivacinação.

Fachin negou a manifestação, que ocorreu via Secom (Secretaria Especial de Comunicação), porque a legislação eleitoral veda a publicidade institucional de autoridades e órgãos públicos nos três meses anteriores à eleição.

Segundo a decisão, não há requisitos de gravidade ou urgência de necessidade pública para abrir uma exceção. Fachin afirmou que o pedido "narra a atuação do Ministério da Saúde, no passado remoto e próximo, além de renovar a pretensão de manifestar-se sobre o Dia Nacional da Saúde", que foi na sexta-feira passada (5).

Ao rejeitar o mesmo pedido na sexta, o presidente do TSE disse que já aprovou uma campanha sobre o mesmo tema. A ideia do ministério é que a veiculação nos rádios e televisões aconteça mais para frente.

O UOL tenta contato com o Ministério da Saúde e atualizará caso haja resposta.

Vacinação contra pólio caiu

Ontem, começou a campanha nacional para vacinar contra a poliomielite crianças de cinco anos que ainda não tenham recebido as primeiras doses. O Brasil não detecta casos de pólio desde 1989, mas a cobertura vacinal está cada vez mais longe da meta de 95% das crianças protegidas.

Segundo o SI-PNI (Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações), as doses previstas para a vacina inativada contra a pólio atingiram a meta pela última vez em 2015, quando a cobertura foi de 98,29% das crianças nascidas naquele ano.

A queda das coberturas vacinais no continente fez a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) listar o Brasil e mais sete países da América Latina como áreas de alto risco para a volta da doença. O alerta ocorre em um ano em que o Malawi, na África, voltou a registrar um caso de poliovírus selvagem, e a cidade de Nova York, nos Estados Unidos, notificou um caso de poliomielite com paralisia em um adulto que não teria viajado para o exterior.

Mais sobre a doença

A poliomielite, também conhecida como pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes, por objetos, alimentos ou água contaminados, além de secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas. Em casos graves, o vírus pode causar paralisia nos membros inferiores.

A infectologista Luiza Helena Falleiros Arlant explica que as três doses da vacina intramuscular deixam as crianças protegidas contra os três sorotipos do poliovírus, enquanto as gotinhas imunizam apenas contra dois deles.