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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Queiroga adia pronunciamento sobre vacinação e tenta reverter veto do TSE

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga   - Valter Campanato/Agência Brasil
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil

Carla Araújo e Mariana Durães

Do UOL, em São Paulo

05/08/2022 19h55Atualizada em 05/08/2022 19h55

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O ministro da Saúde Marcelo Queiroga adiou o pronunciamento sobre vacinação contra a poliomielite. O chefe da pasta falaria em cadeia de rádio e televisão hoje, às 20h30, mas houve um impasse junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

No último dia 28 de julho, o ministro Edson Fachin negou um pedido de Queiroga porque a legislação eleitoral veda a publicidade institucional de autoridades e órgãos públicos nos três meses anteriores à eleição. Na ocasião, a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) pediu reconsideração.

A pasta argumentou que há necessidade de veiculação da publicidade porque a campanha, realizada periodicamente pelo Ministério da Saúde, é de caráter inadiável. Além disso, alega que o pronunciamento é de interesse público, pois tem o objetivo de "informar e convocar o público-alvo, a fim de reduzir o risco de reintrodução do poliovírus e garantir proteção contra diversas doenças imunopreveníveis".

Hoje, Fachin se manifestou dizendo que já aprovou uma campanha sobre o mesmo tema, e questiona se a Secom quer seguir com o pedido de pronunciamento. O ministro deu um prazo de três dias para a resposta. A ideia do ministério é que a veiculação nos rádios e televisões aconteça mais para frente.

A campanha de multivacinação começa neste domingo (7). A vacina contra a poliomielite, que completa 10 anos nos postos, tem tido baixa adesão. A meta é de atingir 95% do público alvo, que são crianças de 2, 4 e 6 meses de idade. O reforço acontece aos 15 meses e aos 4 anos, com as gotinhas da vacina oral.