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Covid-19: média móvel de mortes chega a 65, maior marca em 21 dias

Mais de 689 mil brasileiros morreram em decorrência da covid-19 - Érica Martin/Estadão Conteúdo
Mais de 689 mil brasileiros morreram em decorrência da covid-19 Imagem: Érica Martin/Estadão Conteúdo
Beatriz Gomes, Rafael Neves e Ricardo Espina

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em São Paulo

22/11/2022 18h31Atualizada em 22/11/2022 21h10

Com 159 vidas perdidas para a covid-19 nas últimas 24 horas, o Brasil atingiu hoje uma média móvel de 65 mortes, a maior em 21 dias. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

A média móvel é calculada a partir da quantidade de ocorrências dos últimos sete dias. O indicador é considerado por especialistas como a forma mais eficaz de medir a evolução da doença. A taxa registrada hoje foi a mais alta desde 1º de novembro, quando ficou em 68.

Hoje, o indicador registrou alta de 43% em comparação com 14 dias atrás. Se o número fica acima de 15%, ele indica alta; abaixo de -15% significa queda. E entre 15% e -15% sinaliza estabilidade.

Quatro regiões acompanham a tendência nacional de alta na média móvel de mortes: Centro-Oeste (67%), Nordeste (117%) e Norte (121%) e Sudeste (28%). Apenas uma delas apresenta estabilidade: o Sul (9%).

Acre, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Rondônia, Sergipe e Tocantins não registraram mortes nesta terça-feira (22). O Ceará só divulga os boletins com informações de casos e mortes às sextas-feiras.

Desde o início da pandemia, foram 689.223 mortes causadas pela doença. O Piauí não registrou casos nem mortes hoje, enquanto Roraima não divulgou nenhum dado "em razão de instabilidade no sistema da CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde)".

O país também registrou, nas últimas 24 horas, 27.931 novos casos da doença. Com isso, a média móvel de testes positivos ficou em 18.592, uma alta de 261% em relação a 14 dias atrás.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (33%)
  • Minas Gerais: alta (27%)
  • Rio de Janeiro: alta (296%)
  • São Paulo: estabilidade (-8%)

Região Norte

  • Acre: não atualizou os dados hoje
  • Amazonas: alta (100%)
  • Amapá: estabilidade (0%)
  • Pará: alta (117%)
  • Rondônia: estabilidade (0%)
  • Roraima: não atualizou os dados hoje
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (50%)
  • Bahia: alta (167%)
  • Ceará: queda (-50%)
  • Maranhão: estabilidade (0%)
  • Paraíba: alta (1000%)
  • Pernambuco: alta (133%)
  • Piauí: alta (300%)
  • Rio Grande do Norte: alta (100%)
  • Sergipe: estabilidade (0%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estabilidade (0%)
  • Goiás: alta (40%)
  • Mato Grosso: alta (400%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-100%)

Região Sul

  • Paraná: alta (78%)
  • Rio Grande do Sul: alta (25%)
  • Santa Catarina: alta (33%)

Dados do governo

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 116 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença causou 689.155 óbitos em todo o território nacional, de acordo com os dados do governo.

Pelos números do ministério, houve 16.858 testes positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje no Brasil, elevando o total de infectados para 35.052.152 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 34.175.672 casos recuperados da doença até aqui, com outros 187.325 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.