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Anvisa libera remédio injetável para prevenir HIV, com doses bimestrais

Com menos aplicações, Cabotegravir tende a ser mais eficiente do que métodos preventivos atuais - iStock
Com menos aplicações, Cabotegravir tende a ser mais eficiente do que métodos preventivos atuais Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

10/06/2023 17h34

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso do Cabotegravir, primeiro medicamento injetável que previne infecção por HIV, se tomado antes da exposição ao vírus. As duas primeiras doses são dadas no período de um mês; as seguintes são bimestrais. Até então, só estavam disponíveis tratamentos de prevenção ao HIV por meio comprimidos de doses diárias.

O que aconteceu?

A liberação do Cabotegravir saiu em 1º de junho. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União em 5 de junho.

Com menos aplicações, Cabotegravir tende a ser mais eficiente.

Esse injetável de ação prolongada tem o potencial de ser um divisor de águas na prevenção do HIV, reduzindo a frequência de dosagem de 365 dias para seis vezes por ano"
Dra. Kimberly Smith, chefe de Pesquisa & Desenvolvimento da GSK ViiV Healthcare, em nota enviada à imprensa sobre o Cabotegravir

O que mais se sabe?

Medicamento é alternativa a tratamento já fornecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Atualmente, a rede pública oferece o Truvada como recurso para prevenir a infecção pelo HIV. Ele consiste numa combinação de duas substâncias: o Tenofovir e a Entricitabina.

Cabotegravir mostrou eficácia 69% maior do que o Truvada. Os testes foram realizados com 4.600 pessoas em 40 locais de Ásia, África e América — incluindo instituições nas cidades de Rio e São Paulo.

Até hoje, desde a década de 1980, Brasil já registrou mais de 1 milhão de casos de Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, na sigla em inglês). O número é do Ministério da Saúde. A doença é causada pelo vírus HIV.