Plano para afrouxar isolamento não significa saída imediata, diz Teich
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou hoje que a estratégia para a saída do isolamento a ser apresentada na próxima semana será baseada no acompanhamento diário da covid-19, e não significa que vai haver uma flexibilização de imediato.
Segundo o oncologista, serão adotados padrões que levem em conta a situação específica de cada localidade para determinar as medidas de afrouxamento do distanciamento social a serem tomadas.
"Quando digo que a gente vai ter que mapear no dia a dia e vai ter critérios, isso não quer dizer que a gente vai sair amanhã, ou que alguém defenda o isolamento ou não. A gente defende o que é melhor para a sociedade", disse Teich em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
"Se o melhor para a sociedade for o isolamento, e tiver que ser o isolamento, é o que vai ser. Se eu puder flexibilizar, dando autonomia para as pessoas, uma vida melhor, e se isso não for influenciar na doença, é o que eu vou fazer", acrescentou.
O ministro anunciou ontem que vai apresentar na semana que vem um modelo para estados avaliarem a possibilidade de saída do isolamento, mesmo diante de alertas da própria pasta de que o País caminha para o pico tradicional de hospitalizações por doenças respiratórias.
De acordo com Teich, o modelo já possui uma matriz pronta e deve incluir todas as variáveis possíveis. Ele citou que os governantes serão orientados a também recuarem das medidas de afrouxamento em determinadas situações.
"Não existe uma escolha de isolamento ou não, é o isolamento na hora certa e a liberação na hora certa. A gente tem que definir isso no dia a dia. Essa capacidade de julgar e tomar decisões é que vai fazer com que a gente consiga ajudar a sociedade", afirmou.
A decisão do governo de estabelecer os parâmetros para o relaxamento do isolamento —uma das razões da queda do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta— ocorreu apesar de diversos estados estarem com seus sistemas de saúde à beira do colapso.
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