Lula recorre à ONU para denunciar abusos de poder
Londres, 28 Jul 2016 (AFP) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou nesta quinta-feira uma petição perante a Comissão de Direitos Humanos da ONU em Genebra para denunciar "abusos de poder" contra ele, anunciaram seus advogados em Londres.
Lula, presidente de 2003 a 2010, é suspeito de se beneficiar da rede de corrupção em torno da Petrobras, um caso investigado pelo juiz Sergio Moro.
De acordo com os advogados brasileiros e britânicos, que viajaram a Genebra para apresentar a petição, o juiz Moro seria culpado de "abuso de poder" por violar o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos.
A petição entregue ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas condena a detenção arbitrária que Lula foi vítima e acredita que a presunção de inocência do ex-chefe de Estado foi violada.
"Lula decidiu levar o caso para as Nações Unidas porque ele não consegue ter justiça sob o sistema judicial inquisitório do Brasil", disse o advogado britânico Geoffrey Robertson, denunciando um sistema judicial em que um "mesmo juiz" encarregado da investigação pode julgar a pessoa que investigou e "decidir sua culpa ou inocência, sem jurados".
Símbolo da luta contra a corrupção, o juiz Moro está a cargo da operação "Lava Jato", que revelou o caso corrupção na Petrobras destinada principalmente para financiar partidos e políticos.
Os advogados de Lula havia solicitado no início de julho a transferência do processo para outro tribunal, questionando a imparcialidade do juiz Moro.
rjm-rba/mr/mvv
PETROBRAS - PETROLEO BRASILEIRO
Lula, presidente de 2003 a 2010, é suspeito de se beneficiar da rede de corrupção em torno da Petrobras, um caso investigado pelo juiz Sergio Moro.
De acordo com os advogados brasileiros e britânicos, que viajaram a Genebra para apresentar a petição, o juiz Moro seria culpado de "abuso de poder" por violar o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos.
A petição entregue ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas condena a detenção arbitrária que Lula foi vítima e acredita que a presunção de inocência do ex-chefe de Estado foi violada.
"Lula decidiu levar o caso para as Nações Unidas porque ele não consegue ter justiça sob o sistema judicial inquisitório do Brasil", disse o advogado britânico Geoffrey Robertson, denunciando um sistema judicial em que um "mesmo juiz" encarregado da investigação pode julgar a pessoa que investigou e "decidir sua culpa ou inocência, sem jurados".
Símbolo da luta contra a corrupção, o juiz Moro está a cargo da operação "Lava Jato", que revelou o caso corrupção na Petrobras destinada principalmente para financiar partidos e políticos.
Os advogados de Lula havia solicitado no início de julho a transferência do processo para outro tribunal, questionando a imparcialidade do juiz Moro.
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