Ataque contra Universidade Americana em Cabul mata um civil e dois agressores
Cabul, 25 Ago 2016 (AFP) - Ao menos um civil e dois agressores morreram e outras 26 pessoas ficaram feridas em um ataque nesta quarta-feira contra a Universidade Americana do Afeganistão em Cabul, informaram as autoridades afegãs.
"Concluímos a operação. Dois agressores foram abatidos", declarou à AFP o chefe da polícia de Cabul, Fraidoun Obaidi, após dez horas de ação.
De acordo com as autoridades de Saúde, alguns feridos se encontram em estado grave.
O ataque, ainda não reivindicado, começou com a explosão de um carro-bomba, após o qual soldados cercaram rapidamente o centro de estudos, repleto de alunos que trabalham durante o dia e estudam a noite.
Dentro da universidade, o pânico tomou conta dos alunos em meio a explosões e disparos.
"Ficamos presos dentro da minha sala de aula com outros estudantes. Ouvi explosões e disparos perto daqui", afirmou um aluno à AFP por telefone.
"Nossa sala está cheia de fumaça e pó, estamos presos dentro dela e com muito medo", acrescentou.
Outros estudantes presos postaram várias mensagens de desespero no Twitter. Entre eles Massud Hossaini, fotojornalista da Associated Press e ganhador do prêmio Pulitzer.
"Muitos estudantes foram evacuados", informou o porta-voz do Ministério do Interior, Sediq Sediqqio, e acrescentou que nenhuma informação indicava que os atacantes haviam pego reféns.
"Não temos certeza do número de agressores, mas nossas forças especiais começaram a operação de limpeza".
Conselheiros militares, membros da coalização internacional dirigida pelos americanos, ajudaram as forças afegãs a enfrentar este ataque, segundo um responsável americano de Defesa.
O ataque acontece duas semanas depois que dois professores universitários - um americano e um australiano - foram sequestrados perto da universidade.
Ambos os professores foram pegos por homens armados na noite do dia 8 de agosto em pleno centro de Cabul, último sequestro até agora contra estrangeiros.
A direção da universidade de elite, que abriu em 2006 e possui atualmente mais de 1.700 estudantes, não comentou o incidente.
A Universidade Americana do Afeganistão (AUAF), que tem várias associações e programas de intercâmbio com universidades prestigiadas nos Estados Unidos como Georgetown, Stanford e a Universidade da Califórnia, se apresenta como "a única universidade particular, sem fins lucrativos, apartidária e mista do Afeganistão", república islâmica onde homens e mulher estão, comumente, separados.
O Ministério do Interior indicou no início do mês que o campus estava protegido permanentemente por 70 membros das forças de segurança.
- Ofensiva talibã -Este ataque ocorre duas semanas após o sequestro de dois professores desta universidade privada, um americano e outro australiano, cujo paradeiro é ignorado.
Os talibãs também lançaram um ofensiva contra o governo afegão, apoiado pelo Ocidente, multiplicando os atentados em todo o país.
Os rebeldes ameaçam atualmente a cidade de Lashkar Gah, capital da província de Helmand, defendida por tropas leais a Cabul com o apoio americano.
Helmand é uma das regiões onde mais de produz papoula, base do ópio, fonte de financiamento da revolta talibã.
us-ac/cnp/cb/mvv
"Concluímos a operação. Dois agressores foram abatidos", declarou à AFP o chefe da polícia de Cabul, Fraidoun Obaidi, após dez horas de ação.
De acordo com as autoridades de Saúde, alguns feridos se encontram em estado grave.
O ataque, ainda não reivindicado, começou com a explosão de um carro-bomba, após o qual soldados cercaram rapidamente o centro de estudos, repleto de alunos que trabalham durante o dia e estudam a noite.
Dentro da universidade, o pânico tomou conta dos alunos em meio a explosões e disparos.
"Ficamos presos dentro da minha sala de aula com outros estudantes. Ouvi explosões e disparos perto daqui", afirmou um aluno à AFP por telefone.
"Nossa sala está cheia de fumaça e pó, estamos presos dentro dela e com muito medo", acrescentou.
Outros estudantes presos postaram várias mensagens de desespero no Twitter. Entre eles Massud Hossaini, fotojornalista da Associated Press e ganhador do prêmio Pulitzer.
"Muitos estudantes foram evacuados", informou o porta-voz do Ministério do Interior, Sediq Sediqqio, e acrescentou que nenhuma informação indicava que os atacantes haviam pego reféns.
"Não temos certeza do número de agressores, mas nossas forças especiais começaram a operação de limpeza".
Conselheiros militares, membros da coalização internacional dirigida pelos americanos, ajudaram as forças afegãs a enfrentar este ataque, segundo um responsável americano de Defesa.
O ataque acontece duas semanas depois que dois professores universitários - um americano e um australiano - foram sequestrados perto da universidade.
Ambos os professores foram pegos por homens armados na noite do dia 8 de agosto em pleno centro de Cabul, último sequestro até agora contra estrangeiros.
A direção da universidade de elite, que abriu em 2006 e possui atualmente mais de 1.700 estudantes, não comentou o incidente.
A Universidade Americana do Afeganistão (AUAF), que tem várias associações e programas de intercâmbio com universidades prestigiadas nos Estados Unidos como Georgetown, Stanford e a Universidade da Califórnia, se apresenta como "a única universidade particular, sem fins lucrativos, apartidária e mista do Afeganistão", república islâmica onde homens e mulher estão, comumente, separados.
O Ministério do Interior indicou no início do mês que o campus estava protegido permanentemente por 70 membros das forças de segurança.
- Ofensiva talibã -Este ataque ocorre duas semanas após o sequestro de dois professores desta universidade privada, um americano e outro australiano, cujo paradeiro é ignorado.
Os talibãs também lançaram um ofensiva contra o governo afegão, apoiado pelo Ocidente, multiplicando os atentados em todo o país.
Os rebeldes ameaçam atualmente a cidade de Lashkar Gah, capital da província de Helmand, defendida por tropas leais a Cabul com o apoio americano.
Helmand é uma das regiões onde mais de produz papoula, base do ópio, fonte de financiamento da revolta talibã.
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