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Irã intercepta destróier dos EUA de forma "perigosa", diz Defesa americana

Nesta foto de junho de 2016, o destróier USS Nitze opera no mar Mediterrâneo - Navy Media Content Operations (NMCO) / MC3 J. Alexander Delgado/ AFP
Nesta foto de junho de 2016, o destróier USS Nitze opera no mar Mediterrâneo Imagem: Navy Media Content Operations (NMCO) / MC3 J. Alexander Delgado/ AFP

Em Washington

25/08/2016 07h40

Quatro navios de guerra iranianos se aproximaram a grande velocidade do destróier americano USS Nitze com as armas expostas no Estreito de Ormuz em uma abordagem "perigosa e antiprofissional", afirmou um oficial da Defesa americana na quarta-feira (24).

O destróier americano disparou sinalizadores de advertência, fez soar suas sirenes e tentou, sem sucesso, se comunicar com as embarcações iranianas durante o incidente, que aconteceu na terça-feira, disse a fonte à AFP, falando sob a condição de ter sua identidade protegida.

O incidente ocorreu em águas internacionais do estreito, um importante ponto estratégico, com o Irã ao norte e os Emirados Árabes Unidos ao sul.

Segundo o jornal militar Stars and Stripes, o "USS Nitze" teve que mudar o curso para evitar uma possível colisão, apesar de estar perto de plataformas petroleiras no mar.

Os navios iranianos se aproximaram até 274 metros do destróier americano antes de se afastar do local, acrescentou o Stripes.

Ao ser questionado sobre a situação, o ministro iraniano da Defesa, Hossein Dehghan, afirmou nesta quinta-feira que "as unidades navais têm o dever de garantir a segurança do país no mar e no Golfo Pérsico".

"Naturalmente, estes navios controlam constantemente os movimentos dos navios estrangeiros e naturalmente isto acontece nas águas de nosso país. Se um navio estrangeiro entra em nossas águas, damos uma advertência e, se for um ato de agressão, nós enfrentamos", afirmou.

Em janeiro, a Marinha iraniana capturou rapidamente efetivos de dois navios-patrulha dos Estados Unidos que, após uma série de tropeços, perdeu-se em águas iranianas. Os dez marinheiros americanos foram libertados em 24 horas.