Topo

Trump viaja ao México para encontrar Peña Nieto

31/08/2016 02h38

México, 31 Ago 2016 (AFP) - O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, viajará na quarta-feira ao México para se encontrar com o presidente Enrique Peña Nieto, informou nesta terça o governo mexicano.

"O senhor @realDonaldTrump aceitou o convite (para viajar ao México) e se reunirá amanhã com o presidente" Peña Nieto, informou a presidência mexicana no Twitter.

Dos Estados Unidos, Trump - que em sua campanha à presidência lançou um virulento discurso contra a imigração ilegal, chamando os mexicanos de criminosos e estupradores - confirmou o encontro.

"Aceitei o convite do presidente Enrique Peña Nieto do México e espero me reunir com ele amanhã", escreveu o candidato no Twitter.

Esta inesperada visita de Trump ocorre dias após Peña Nieto convidar o candidato republicano e sua adversária democrata, Hillary Clinton, a viajar ao México para conversar.

"Convidei ao México os candidatos à presidência dos Estados Unidos para conversar sobre a relação bilateral. Amanhã recebo Donald Trump (...). Acredito no diálogo para promover os interesses do México no mundo e, principalmente, para proteger os mexicanos onde quer que estejam", escreveu Peña Nieto.

Trump tem programado um comício para esta quarta-feira, no Arizona, no qual se espera volte a atacar a imigração ilegal, como antecipou no Twitter. "Desde o primeiro dia disse que iria construir um grande muro na FRONTEIRA SUL, e muito mais. Chega de imigração ilegal. Verão nesta quarta-feira".

Peña Nieto tem respondido aos ataques equiparando Trump a Hitler e assinalando que o México não pagará por um muro na fronteira.

Mas em sua visita aos Estados Unidos em julho passado, Peña Nieto declarou que pretendia manter com Trump e Hillary Clinton um "diálogo franco e aberto".

A propósito do encontro, a equipe de imprensa de Hillary Clinton emitiu um comunicado no qual recorda os antecedentes de Trump e seu discurso anti-mexicano.

"Trump pintou os mexicanos como 'estupradores' e criminosos, e prometeu deportar 16 milhões de pessoas, incluindo crianças", recordou o comunicado da equipe de Clinton.