Cenas de horror na cidade de Aleppo após novos bombardeios
Alepo, Síria, 25 Set 2016 (AFP) - Aleppo seguia mergulhada no horror, após uma nova noite de bombardeios dirigidos pelo regime sírio e seu aliado russo, e que provocaram mais vítimas e consternação nos países ocidentais, irritados com a atitude de Moscou.
Depois de uma semana de conversas diplomáticas infrutíferas, o Conselho de Segurança da ONU se reúne novamente neste domingo a pedido dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França.
Os países ocidentais querem tentar frear a ofensiva lançada na sexta pelo regime sírio e a Rússia para reconquistar os bairros insurgentes de Aleppo, a segunda cidade do país
A chuva de bombas lançadas há três dias já deixou mais de cem mortos, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Entre eles, figuram inúmeras crianças e mulheres soterrados pelos escombros dos prédios destruídos.
"Os bombardeios não pararam durante a noite toda", contou Ahmad Hajjar, morador de 62 anos do bairro rebelde de Al Kallassé.
- Cena horrível -Hajjar conta que sua rua está cheia de bombas de fragmentação que não explodiram. "Um vizinho foi morto por uma delas. Eu o vi tropeçar nela, ela explodiu e arrancou suas pernas e braços. Foi uma cena horrível", recorda.
"Não sei por que o regime nos bombardeia dessa maneira selvagem. Não temos para onde ir", observou, por sua parte, Imad Habbouche, que mora no bairro de Bab Al Nayrab.
As 250.000 pessoas que moram nos bairros rebeldes não recebem ajuda externa há quase dois meses e não têm acesso à água corrente desde sábadopor causa dos bombardeios, segundo a Unicef.
- 'Consternado' -O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou no sábado estar consternado com a assustadora escalada militar em Aleppo.
"A aparentem utilização sistemática de armas incendiárias e bombas particularmente potntes em zonas habitadas pode constituir um crime de guerra".
A União Europeia denunciou "uma violação inaceitável da lei humanitária internacional".
Em um comunicado comum da UE, Estados Unidos e os chanceleres da França, Itálila, Alemanha e Grã-Bretanha apontam claramente a Rússia como responsável pela retomada dos combates.
A coalizão da oposição síria no exílio pediu, em Istambul, que a comunidade internacional aja para para acabar como massacre em Aleppo.
Ainda no sábado, o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem, disse na ONU que o Exército de seu país está registrando importantes vitórias militares com a ajuda da Rússia, do Irã e do Hezbollah libanês e manifestou sua confiança em uma vitória final.
"A Síria não economizará nenhum esforço em sua luta contra o terrorismo", declarou o ministro.
Ele ressaltou que sua "confiança na vitória" sobre os extremistas é "ainda maior" do que antes, "porque o Exército fez grandes progressos em sua luta contra o terrorismo", com o apoio da Rússia, do Irã e da "resistência nacional libanesa" (o Hezbollah), que são "os verdadeiros amigos da Síria".
bur-sah-ram/jri/jvb.
Depois de uma semana de conversas diplomáticas infrutíferas, o Conselho de Segurança da ONU se reúne novamente neste domingo a pedido dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França.
Os países ocidentais querem tentar frear a ofensiva lançada na sexta pelo regime sírio e a Rússia para reconquistar os bairros insurgentes de Aleppo, a segunda cidade do país
A chuva de bombas lançadas há três dias já deixou mais de cem mortos, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Entre eles, figuram inúmeras crianças e mulheres soterrados pelos escombros dos prédios destruídos.
"Os bombardeios não pararam durante a noite toda", contou Ahmad Hajjar, morador de 62 anos do bairro rebelde de Al Kallassé.
- Cena horrível -Hajjar conta que sua rua está cheia de bombas de fragmentação que não explodiram. "Um vizinho foi morto por uma delas. Eu o vi tropeçar nela, ela explodiu e arrancou suas pernas e braços. Foi uma cena horrível", recorda.
"Não sei por que o regime nos bombardeia dessa maneira selvagem. Não temos para onde ir", observou, por sua parte, Imad Habbouche, que mora no bairro de Bab Al Nayrab.
As 250.000 pessoas que moram nos bairros rebeldes não recebem ajuda externa há quase dois meses e não têm acesso à água corrente desde sábadopor causa dos bombardeios, segundo a Unicef.
- 'Consternado' -O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou no sábado estar consternado com a assustadora escalada militar em Aleppo.
"A aparentem utilização sistemática de armas incendiárias e bombas particularmente potntes em zonas habitadas pode constituir um crime de guerra".
A União Europeia denunciou "uma violação inaceitável da lei humanitária internacional".
Em um comunicado comum da UE, Estados Unidos e os chanceleres da França, Itálila, Alemanha e Grã-Bretanha apontam claramente a Rússia como responsável pela retomada dos combates.
A coalizão da oposição síria no exílio pediu, em Istambul, que a comunidade internacional aja para para acabar como massacre em Aleppo.
Ainda no sábado, o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem, disse na ONU que o Exército de seu país está registrando importantes vitórias militares com a ajuda da Rússia, do Irã e do Hezbollah libanês e manifestou sua confiança em uma vitória final.
"A Síria não economizará nenhum esforço em sua luta contra o terrorismo", declarou o ministro.
Ele ressaltou que sua "confiança na vitória" sobre os extremistas é "ainda maior" do que antes, "porque o Exército fez grandes progressos em sua luta contra o terrorismo", com o apoio da Rússia, do Irã e da "resistência nacional libanesa" (o Hezbollah), que são "os verdadeiros amigos da Síria".
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