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Bombas usadas em Aleppo são devastadoras para os civis

26/09/2016 16h27

Londres, 26 Set 2016 (AFP) - Os bombardeios russos e sírios em Aleppo têm sido intitulados de crimes de guerra pelo suposto uso de armamento sofisticado com efeitos devastadores em áreas urbanas.

Não se sabe exatamente que bombas estão caindo na cidade, mas o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, citou testemunhas que falam de bombas incendiárias e anti-bunker, assim como bombas de fragmentação e as chamadas de barril, anteriormente usadas na Síria.

Quais bombas foram usadas?- Anti-bunker: assim chamadas por sua capacidade de penetrar alvos blindados ou a grande profundidade, como instalações militares subterrâneas.

- Bombas incendiárias: usadas para começar incêndios, incluem substâncias como o napalm e o fósforo branco que pode causar grandes queimaduras.

As bombas termobáricas ou de vácuo, que estouram em dois tempos, espalham primeiro um aerossol inflamável em instalações subterrâneas e depois inflamam a substância criando uma cortina de fogo que queima tudo a sua volta.

- Bombas de fragmentação: armas proibidas que espalham inúmeras submunições por uma área extensa.

- Bombas-barril: fabricadas com sucata e substâncias explosivas que são colocadas em barris e costumam ser lançadas de helicópteros.

Por que seriam polêmicas em Aleppo?"O uso de armas em conflitos armados é regulado pela lei internacional humanitária, que proíbe usá-las diretamente contra civis e proíbe os ataques indiscriminados e desproporcionados", disse Hannah Brice, do instituto de análise Chatham House.

"O problema com muitas bombas que estão sendo usadas na Síria e em Aleppo é seu uso em zonas residenciais com uma alta população civil".

"Entretanto", acrescentou, "o tema é complicado quando os alvos militares estão em zonas civis".

Brice citou um relatório da organização Action on Armed Violence, que afirma que quando explosivos são usados em zonas residenciais, 92% das vítimas são civis.

Além disso, destroem infraestruturas essenciais, como centros de saúde e de abastecimento de energia e água.

Ben Goodlad, principal analista de armamento no IHS Jane's, disse: "tanto as bombas antibunker como as de vácuo são concebidas para serem usadas contra objetivos blindados, difíceis".

"O alto conteúdo de explosivos e os efeitos da deflagração dessas munições teriam consequências devastadoras em zonas urbanas, como danos colaterais invetiváveis", acrescentou.

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