Membros da Opep chegam a acordo surpreendente para corte da produção
Argel, 28 Set 2016 (AFP) - Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) chegaram a um acordo, nesta quarta-feira (28), para reduzir a produção de petróleo a um patamar entre 32,5 e 33 milhões de barris por dia - anunciaram os ministros de Energia do Catar e da Nigéria.
"Temos um acordo para (cortar a produção), a 32,5-33 milhões de barris por dia", declarou o secretário de Estado do Petróleo da Nigéria, Emmanuel Ibe Kachikwu, após uma reunião informal dos membros do cartel em Argel.
O ministro de Energia do Catar, Mohamed Saleh Al-Sada, confirmou a informação.
"A reunião de Argel foi muito longa, mas histórica", declarou, afirmando que o nível de redução por país será definido antes da próxima reunião do cartel, prevista para 30 de novembro.
O representante do Catar disse que a reunião se desenvolveu "em uma atmosfera muito positiva que reflete a forte coerência na Opep", a fim de impulsionar os preços, que caíram mais de 50% desde meados de 2014.
Os preços do petróleo despencaram devido a uma oferta muito elevada, resultante do "boom" de hidrocarbonetos de xisto americanos e da estratégia da Opep de manter sua produção para não perder fatias de mercado.
O ministro argelino da Energia, Noureddine Boutarfaa, destacou que essa decisão inesperada de cortar a produção foi "unânime e sem reservas".
A possibilidade de um acordo entre os membros do cartel, que produz 40% do petróleo mundial, fez os preços subirem.
O barril de WTI para entrega em novembro subiu US$ 2,38, a US$ 47,05 no mercado de Nova York. Em Londres, o barril de Brent para novembro subiu US$ 2,72, a US$ 48,69.
Um acordo difícilDurante o dia, a expectativa de um acordo era baixa. As divergências, em particular entre a Arábia Saudita - líder do cartel - e o Irã, as duas grandes potências rivais do Oriente Médio, faziam crer que as chances de se chegar a um acordo seriam poucas. Uma reunião parecida em Doha abriu um precedente pouco animador.
O ministro saudita da Energia, Khaled al-Faleh, havia advertido durante o dia que não se devia esperar um acordo nessa reunião.
Khaled al-Faleh havia insinuado que não descartava um possível acordo na próxima cúpula da Opep em Viena, em 30 de novembro.
Vários países produtores, muito dependentes das receitas petrolíferas - entre eles, a Venezuela -, pediram esse congelamento da produção, a fim de estimular o nível das cotações.
No outro extremo, contudo, está o Irã. De volta aos mercados graças à suspensão de sanções internacionais, resultante do histórico acordo de julho de 2015 com as grandes potências, Teerã pressionava para aproveitar seu retorno à praça.
O quebra-cabeças se complicou pelo fato de a Arábia Saudita, como principal produtora mundial, não parecer disposta a ceder e muito menos dar espaço a seu grande rival xiita.
mpa-fz/bur/me/jz/an/cc/tt
"Temos um acordo para (cortar a produção), a 32,5-33 milhões de barris por dia", declarou o secretário de Estado do Petróleo da Nigéria, Emmanuel Ibe Kachikwu, após uma reunião informal dos membros do cartel em Argel.
O ministro de Energia do Catar, Mohamed Saleh Al-Sada, confirmou a informação.
"A reunião de Argel foi muito longa, mas histórica", declarou, afirmando que o nível de redução por país será definido antes da próxima reunião do cartel, prevista para 30 de novembro.
O representante do Catar disse que a reunião se desenvolveu "em uma atmosfera muito positiva que reflete a forte coerência na Opep", a fim de impulsionar os preços, que caíram mais de 50% desde meados de 2014.
Os preços do petróleo despencaram devido a uma oferta muito elevada, resultante do "boom" de hidrocarbonetos de xisto americanos e da estratégia da Opep de manter sua produção para não perder fatias de mercado.
O ministro argelino da Energia, Noureddine Boutarfaa, destacou que essa decisão inesperada de cortar a produção foi "unânime e sem reservas".
A possibilidade de um acordo entre os membros do cartel, que produz 40% do petróleo mundial, fez os preços subirem.
O barril de WTI para entrega em novembro subiu US$ 2,38, a US$ 47,05 no mercado de Nova York. Em Londres, o barril de Brent para novembro subiu US$ 2,72, a US$ 48,69.
Um acordo difícilDurante o dia, a expectativa de um acordo era baixa. As divergências, em particular entre a Arábia Saudita - líder do cartel - e o Irã, as duas grandes potências rivais do Oriente Médio, faziam crer que as chances de se chegar a um acordo seriam poucas. Uma reunião parecida em Doha abriu um precedente pouco animador.
O ministro saudita da Energia, Khaled al-Faleh, havia advertido durante o dia que não se devia esperar um acordo nessa reunião.
Khaled al-Faleh havia insinuado que não descartava um possível acordo na próxima cúpula da Opep em Viena, em 30 de novembro.
Vários países produtores, muito dependentes das receitas petrolíferas - entre eles, a Venezuela -, pediram esse congelamento da produção, a fim de estimular o nível das cotações.
No outro extremo, contudo, está o Irã. De volta aos mercados graças à suspensão de sanções internacionais, resultante do histórico acordo de julho de 2015 com as grandes potências, Teerã pressionava para aproveitar seu retorno à praça.
O quebra-cabeças se complicou pelo fato de a Arábia Saudita, como principal produtora mundial, não parecer disposta a ceder e muito menos dar espaço a seu grande rival xiita.
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