Comissão de Direitos Humanos da ONU registra denúncia de Lula
Genebra, 27 Out 2016 (AFP) - O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que afirma ser vítima de perseguição política, apresentou uma denúncia à Comissão de Direitos Humanos da ONU, informou nesta quinta-feira uma porta-voz do organismo que tem sede em Genebra.
"Posso confirmar que a Comissão de Direitos Humanos da ONU registrou formalmente uma solicitação apresentada pelo ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva", afirma um comunicado, que também informa que o registro aconteceu na quarta-feira, 26 de outubro.
O comunicado explica, no entanto, que se trata de uma formalidade que não implica sua admissibilidade.
A Comissão ainda deve examinar a denúncia, oficialmente denominada "comunicação", para determinar se é admissível ou não, explicou.
A "comunicação" foi transmitida à missão do Brasil em Genebra, que "tem dois meses para apresentar observações".
"No total, o tratamento de uma denúncia pode durar até cinco anos", disse a porta-voz da Comissão.
Os advogados de Lula se referiram na quarta-feira a esta comunicação, que denuncia o que consideram "arbitrariedades" contra seu cliente por parte do juiz Sérgio Moro, à frente da Operação Lava Jato, que investiga o grande escândalo de corrupção na Petrobras.
No texto, apresentado em julho, a defesa do ex-presidente (2003-2010) denuncia "diversas violações" ao Pacto Internacional de Direitos Políticos e Civis adotado pela ONU por parte de Moro e dos procuradores da Operação Lava Jato.
Cita, por exemplo, a condução coercitiva de Lula em março passado "sem nenhuma sustentação legal" ou a entrega à imprensa de material confidencial e a divulgação de ligações interceptadas.
Com este tipo de ação, Moro "perdeu de forma irreparável sua imparcialidade para julgar o ex-presidente", afirmou o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins.
Lula, que completa 71 anos nesta quinta-feira, enfrenta investigações por suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e suposta obstrução da justiça no âmbito da Operação Lava Jato, que investiga desvios de dinheiro da Petrobras e que desde 2014 já provocou a prisão de muitos políticos e empresários do Brasil.
O ex-presidente alega inocência em todas as investigações e denuncia uma "perseguição política" de juízes e promotores, que de acordo com Lula querem "destruir os fundamentos da democracia".
Lula atribui as investigações contra ele a um plano para impedir sua candidatura na eleição presidencial de 2018.
"Posso confirmar que a Comissão de Direitos Humanos da ONU registrou formalmente uma solicitação apresentada pelo ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva", afirma um comunicado, que também informa que o registro aconteceu na quarta-feira, 26 de outubro.
O comunicado explica, no entanto, que se trata de uma formalidade que não implica sua admissibilidade.
A Comissão ainda deve examinar a denúncia, oficialmente denominada "comunicação", para determinar se é admissível ou não, explicou.
A "comunicação" foi transmitida à missão do Brasil em Genebra, que "tem dois meses para apresentar observações".
"No total, o tratamento de uma denúncia pode durar até cinco anos", disse a porta-voz da Comissão.
Os advogados de Lula se referiram na quarta-feira a esta comunicação, que denuncia o que consideram "arbitrariedades" contra seu cliente por parte do juiz Sérgio Moro, à frente da Operação Lava Jato, que investiga o grande escândalo de corrupção na Petrobras.
No texto, apresentado em julho, a defesa do ex-presidente (2003-2010) denuncia "diversas violações" ao Pacto Internacional de Direitos Políticos e Civis adotado pela ONU por parte de Moro e dos procuradores da Operação Lava Jato.
Cita, por exemplo, a condução coercitiva de Lula em março passado "sem nenhuma sustentação legal" ou a entrega à imprensa de material confidencial e a divulgação de ligações interceptadas.
Com este tipo de ação, Moro "perdeu de forma irreparável sua imparcialidade para julgar o ex-presidente", afirmou o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins.
Lula, que completa 71 anos nesta quinta-feira, enfrenta investigações por suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e suposta obstrução da justiça no âmbito da Operação Lava Jato, que investiga desvios de dinheiro da Petrobras e que desde 2014 já provocou a prisão de muitos políticos e empresários do Brasil.
O ex-presidente alega inocência em todas as investigações e denuncia uma "perseguição política" de juízes e promotores, que de acordo com Lula querem "destruir os fundamentos da democracia".
Lula atribui as investigações contra ele a um plano para impedir sua candidatura na eleição presidencial de 2018.
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