Governo e oposição venezuelana se reúnem neste domingo
Caracas, 30 Out 2016 (AFP) - Delegados do governo de Nicolás Maduro e da oposição venezuelana vão se reunir neste domingo para estabelecer um diálogo sobre a crise política na Venezuela, com acompanhamento do Vaticano, confirmaram ambas as partes.
"Começa na Venezuela um diálogo com setores da oposição", declarou no sábado a chanceler Delcy Rodríguez em um discurso na XXV Cúpula Ibero-Americana em Cartagena, Colômbia.
Rodriguez justificou a ausência de Maduro na cúpula em razão do diálogo, com acompanhamento do Vaticano, que visa "orientar aquelas ações que pretendem pela via não constitucional e antidemocrática a derrocada do governo da Venezuela".
Já o secretário-executivo da opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), Jesus Torrealba, disse que representantes dos partidos da aliança vão participar da reunião, apesar do "ceticismo e desconfiança".
"A agenda é clara: solução eleitoral, libertação dos presos políticos e retorno dos exilados, assistência às vítimas da crise humanitária e o respeito à Assembleia Nacional. Deste encontro pode haver conclusões importantes que irão 'desescalar' o conflito", afirmou Torrealba num comunicado divulgado pela MUD.
As negociações foram anunciadas na segunda-feira pelo enviado do papa Francisco, Emil Paul Tscherrig. Ainda não há informações sobre o local da reunião.
Esta reunião acontece em momentos de grande tensão, após a suspensão do processo para o referendo revogatório contra Maduro por alegações de fraude.
Mais cedo, quinze partidos da MUD emitiram uma carta dirigida a Torrealba, na qual afirmam que "não há condições para um diálogo, porque o governo insiste em bloquear todos os meios pacíficos, constitucionais e democráticos" para superar a crise.
A carta insta "deixar claro" que a reunião "em nenhum caso marca o início formal de um diálogo" e apela para a incorporação da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Além disso, os signatários rejeitam a participação do chefe da delegação do governo, Jorge Rodriguez, acusando-o de liderar ações violentas contra o Legislativo, de maioria opositora.
Grupos chavistas invadiram uma sessão especial da Assembleia Nacional no domingo passado.
Um dos temas centrais da Cúpula Ibero-Americana, que terminou no sábado, foi a crise venezuelana.
O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, disse que a Venezuela "sofre uma tremenda crise" e pediu para que o país enfrente-a.
Ele defendeu a aplicação da Carta Democrática, um instrumento que prevê sanções em caso de ruptura da ordem democrática em países da OEA.
Presente na reunião, o próximo secretário-geral da ONU, o português Antonio Guterres, disse que há um "consenso claro" de que "não há solução para os problemas da Venezuela (...) sem um diálogo construtivo entre as partes com o apoio da comunidade internacional".
Apesar disso, não houve nenhuma declaração formal da Cúpula sobre o país.
"Começa na Venezuela um diálogo com setores da oposição", declarou no sábado a chanceler Delcy Rodríguez em um discurso na XXV Cúpula Ibero-Americana em Cartagena, Colômbia.
Rodriguez justificou a ausência de Maduro na cúpula em razão do diálogo, com acompanhamento do Vaticano, que visa "orientar aquelas ações que pretendem pela via não constitucional e antidemocrática a derrocada do governo da Venezuela".
Já o secretário-executivo da opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), Jesus Torrealba, disse que representantes dos partidos da aliança vão participar da reunião, apesar do "ceticismo e desconfiança".
"A agenda é clara: solução eleitoral, libertação dos presos políticos e retorno dos exilados, assistência às vítimas da crise humanitária e o respeito à Assembleia Nacional. Deste encontro pode haver conclusões importantes que irão 'desescalar' o conflito", afirmou Torrealba num comunicado divulgado pela MUD.
As negociações foram anunciadas na segunda-feira pelo enviado do papa Francisco, Emil Paul Tscherrig. Ainda não há informações sobre o local da reunião.
Esta reunião acontece em momentos de grande tensão, após a suspensão do processo para o referendo revogatório contra Maduro por alegações de fraude.
Mais cedo, quinze partidos da MUD emitiram uma carta dirigida a Torrealba, na qual afirmam que "não há condições para um diálogo, porque o governo insiste em bloquear todos os meios pacíficos, constitucionais e democráticos" para superar a crise.
A carta insta "deixar claro" que a reunião "em nenhum caso marca o início formal de um diálogo" e apela para a incorporação da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Além disso, os signatários rejeitam a participação do chefe da delegação do governo, Jorge Rodriguez, acusando-o de liderar ações violentas contra o Legislativo, de maioria opositora.
Grupos chavistas invadiram uma sessão especial da Assembleia Nacional no domingo passado.
Um dos temas centrais da Cúpula Ibero-Americana, que terminou no sábado, foi a crise venezuelana.
O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, disse que a Venezuela "sofre uma tremenda crise" e pediu para que o país enfrente-a.
Ele defendeu a aplicação da Carta Democrática, um instrumento que prevê sanções em caso de ruptura da ordem democrática em países da OEA.
Presente na reunião, o próximo secretário-geral da ONU, o português Antonio Guterres, disse que há um "consenso claro" de que "não há solução para os problemas da Venezuela (...) sem um diálogo construtivo entre as partes com o apoio da comunidade internacional".
Apesar disso, não houve nenhuma declaração formal da Cúpula sobre o país.
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