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Casa Branca defende aproximação com Cuba porque beneficia americanos

28/11/2016 18h03

Washington, 28 Nov 2016 (AFP) - A política adotada há dois anos pelo governo dos Estados Unidos para se aproximar de Cuba trouxe benefícios concretos a cidadãos americanos e cubanos - afirmou nesta segunda-feira (28) o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

Essa nova política "oferece mais liberdade a cidadãos americanos para visitar Cuba, ou enviar dinheiro para membros de sua família em Cuba, ou participar de negócios. São coisas boas, são benefícios que os cidadãos americanos estão desfrutando", defendeu.

Em um tuíte publicado nesta segunda, o presidente americano eleito, Donald Trump, ameaçou frear a aproximação. Segundo ele, se Cuba não estiver disposta a negociar "um melhor acordo", poderá "pôr um ponto final" ao processo de aproximação, depois que tomar posse, em 20 de janeiro.

Na visão de Earnest, porém, os críticos da atual política de aproximação "estão dando voltas, tentando justificar sua lealdade a uma política obviamente fracassada de isolamento de Cuba, que nunca teve nenhum resultado".

Para o porta-voz da Casa Branca, "dar declarações ruidosas e iniciar um caso de recriminações mútuas amarradas ao passado não faz nem a democracia nem a liberdade avançarem, nem expande oportunidades".

"Os críticos da atual política sugerem que, de alguma forma, os Estados Unidos fizeram um pacote de concessões ao governo cubano. Isso é equivocado. Não há concessões", afirmou.

Earnest acrescentou que cada presidente que ocupa a Casa Branca deve se perguntar se "estaremos ancorados no passado, ou se vamos olhar para o futuro. Isso não significa ignorar o passado, mas fazer que o passado não interfira em nossa capacidade de fazer progressos".