Renda básica universal domina debate entre socialistas franceses
Paris, 26 Jan 2017 (AFP) - Os finalistas da primária socialista francesa, o ex-premier Manuel Valls e Benoît Hamon, manifestaram suas profundas divergências nesta quarta-feira, em um debate na TV centrado na renda básica universal, três meses antes de uma eleição presidencial que pende para a direita.
Hamon, convertido em candidato revelação desta campanha, vem da ala esquerda do Partido Socialista e é crítico ferrenho da política liberal que Valls aplicou como primeiro-ministro.
Durante o debate, Hamon propôs aos franceses "um futuro desejável" e disse que a esquerda precisa dar as costas à "antiga ordem, a suas soluções que não funcionaram ontem e não funcionarão amanhã".
Valls, que pediu aos eleitores que escolham entre uma "vitória possível" com ele ou uma "derrota certa" com Hamon, disse que a esquerda "não deve criar ilusões". "É preciso ser realista".
O ex-premier voltou a bater na proposta de Hamon de adoção, a médio prazo, de uma renda básica universal de 750 euros, o que levaria o país à "ruína".
"Propor (gastar com a renda universal) 350 bilhões de euros, mesmo ao longo de cinco anos, é algo irreal", declarou Valls na véspera.
Hoje, durante o debate, Hamon respondeu que não propõe um sonho, mas "justiça" diante da falta de trabalho decorrente da revolução digital.
Seja qual for o resultado da primária socialista, o vencedor chegará no fim do pelotão ao primeiro turno da eleição presidencial, longe da candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, do conservador François Fillon, do centrista liberal Emmanuel Macron, e, inclusive, do esquerdista radical Jean-Luc Mélenchon, segundo pesquisas recentes.
Na primária, Valls, que encarna a ala direita do Partido Socialista, parte em clara desvantagem diante de seu antigo ministro da Educação, que venceu no domingo passado o primeiro turno com uma vantagem de cinco pontos (36% a 31%).
No entanto, todas as pesquisas de opinião garantem que qualquer um dos candidatos socialistas será eliminado no primeiro turno das eleições presidenciais de abril.
As pesquisas apontam uma disputa entre o ex-premier Fillon, Le Pen e o ex-ministro da Economia Emmanuel Macron.
Um duelo Fillon-Le Pen em maio no segundo turno parece por enquanto o cenário mais provável.
Os candidatos aguardam o veredito das urnas, após uma campanha relâmpago de menos de dois meses em que tentaram mobilizar uma esquerda desiludida e rachada com o governo de François Hollande, o presidente mais impopular das últimas décadas.
Valls, de 54 anos, disse estar "sereno" e "tranquilo". Apontado como favorito em dezembro, sua campanha não conseguiu decolar, mas aposta em sua experiência para vencer o concorrente.
Considerado a revelação da campanha, Hamon, de 49 anos, disse estar "convencido que sua hora chegou".
Hamon, convertido em candidato revelação desta campanha, vem da ala esquerda do Partido Socialista e é crítico ferrenho da política liberal que Valls aplicou como primeiro-ministro.
Durante o debate, Hamon propôs aos franceses "um futuro desejável" e disse que a esquerda precisa dar as costas à "antiga ordem, a suas soluções que não funcionaram ontem e não funcionarão amanhã".
Valls, que pediu aos eleitores que escolham entre uma "vitória possível" com ele ou uma "derrota certa" com Hamon, disse que a esquerda "não deve criar ilusões". "É preciso ser realista".
O ex-premier voltou a bater na proposta de Hamon de adoção, a médio prazo, de uma renda básica universal de 750 euros, o que levaria o país à "ruína".
"Propor (gastar com a renda universal) 350 bilhões de euros, mesmo ao longo de cinco anos, é algo irreal", declarou Valls na véspera.
Hoje, durante o debate, Hamon respondeu que não propõe um sonho, mas "justiça" diante da falta de trabalho decorrente da revolução digital.
Seja qual for o resultado da primária socialista, o vencedor chegará no fim do pelotão ao primeiro turno da eleição presidencial, longe da candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, do conservador François Fillon, do centrista liberal Emmanuel Macron, e, inclusive, do esquerdista radical Jean-Luc Mélenchon, segundo pesquisas recentes.
Na primária, Valls, que encarna a ala direita do Partido Socialista, parte em clara desvantagem diante de seu antigo ministro da Educação, que venceu no domingo passado o primeiro turno com uma vantagem de cinco pontos (36% a 31%).
No entanto, todas as pesquisas de opinião garantem que qualquer um dos candidatos socialistas será eliminado no primeiro turno das eleições presidenciais de abril.
As pesquisas apontam uma disputa entre o ex-premier Fillon, Le Pen e o ex-ministro da Economia Emmanuel Macron.
Um duelo Fillon-Le Pen em maio no segundo turno parece por enquanto o cenário mais provável.
Os candidatos aguardam o veredito das urnas, após uma campanha relâmpago de menos de dois meses em que tentaram mobilizar uma esquerda desiludida e rachada com o governo de François Hollande, o presidente mais impopular das últimas décadas.
Valls, de 54 anos, disse estar "sereno" e "tranquilo". Apontado como favorito em dezembro, sua campanha não conseguiu decolar, mas aposta em sua experiência para vencer o concorrente.
Considerado a revelação da campanha, Hamon, de 49 anos, disse estar "convencido que sua hora chegou".
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