EUA ampliam alcance de deportações a imigrantes sem antecedentes criminais
Washington, 21 Fev 2017 (AFP) - O governo americano anunciou nesta terça-feira novas diretrizes que expandem o alcance das deportações e ampliam o total de agentes fronteiriços e migratórios, mas descartou que o objetivo sejam as "deportações maciças" de imigrantes em situação ilegal.
Em duas circulares internas, o Departamento de Segurança Doméstica anunciou que embora a prioridade continue sendo a captura e deportação de imigrantes em situação irregular e com antecedentes criminais, todos os ilegais serão suscetíveis de serem devolvidos aos seus países.
Estes memorandos internos criam uma guia para fazer cumprir decretos assinados em 25 de janeiro pelo presidente Donald Trump e rechaçados por seu contraparte mexicano, Enrique Peña Nieto, pela instrução de iniciar a construção de um muro ao longo da fronteira entre os dois países.
Também são o primeiro passo concreto e detalhado para a aplicação da promessa de campanha de Trump de expulsar do país 11 milhões de ilegais - a maioria mexicanos - independentemente de terem cometido ou não crimes violentos em seu país de origem ou em território americano.
Segundo os dois documentos, datados de segunda-feira e divulgados nesta terça no site oficial do Departamento, a atual administração manterá a prática de governos anteriores de priorizar a deportação de imigrantes em situação irregular com antecedentes criminais.
No entanto, o documento acrescentou que, "com extremamente poucas exceções limitadas, o DHS não exigirá nenhuma classe ou categoria de estrangeiros sujeitos de deportação da potencial aplicação da lei".
"Todos aqueles em violação das leis de imigração podem ser submetidos a procedimentos de aplicação da norma, inclusive a remoção dos Estados Unidos", destaca o documento.
'Partir os grilhões'O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, reforçou esta postura, destacando na costumeira coletiva de imprensa que "qualquer um que esteja aqui ilegalmente é sujeito de deportação a qualquer momento".
Mas, perguntado se a meta é a "deportação maciça" de imigrantes, respondeu taxativamente: "não".
Spicer informou que no governo anterior a patrulha fronteiriça e ICE "tinham as mãos atadas" para cumprir as leis migratórias.
"O presidente queria partir os grilhões e dizer (aos agentes), 'vocês têm uma missão, há leis que devem ser cumpridas, devem cumprir sua missão e seguir a lei".
O governo americano também planeja fortalecer sua força na fronteira com o México: Kelly anunciou a contratação de 5.000 novos empregados para a guarda fronteiriça (CBP) e de 10.000 empregados para a agência de controle migratório (ICE).
As novas diretrizes não modificam o programa "Ação Diferida para os Chegados na Infância" (DACA, na sigla em inglês), que protege da deportação jovens imigrantes em situação irregular, que foram trazidos aos Estados Unidos pelos pais quando eram crianças e ao qual Trump também prometeu por fim durante sua campanha.
A publicação das diretrizes ocorre dois dias antes de Kelly e o secretário de Estado, Rex Tillerson, se reúnam com seus contrapartes no México com a intenção de diminuir as tensões entre os dois países a partir do tema migratório.
Em duas circulares internas, o Departamento de Segurança Doméstica anunciou que embora a prioridade continue sendo a captura e deportação de imigrantes em situação irregular e com antecedentes criminais, todos os ilegais serão suscetíveis de serem devolvidos aos seus países.
Estes memorandos internos criam uma guia para fazer cumprir decretos assinados em 25 de janeiro pelo presidente Donald Trump e rechaçados por seu contraparte mexicano, Enrique Peña Nieto, pela instrução de iniciar a construção de um muro ao longo da fronteira entre os dois países.
Também são o primeiro passo concreto e detalhado para a aplicação da promessa de campanha de Trump de expulsar do país 11 milhões de ilegais - a maioria mexicanos - independentemente de terem cometido ou não crimes violentos em seu país de origem ou em território americano.
Segundo os dois documentos, datados de segunda-feira e divulgados nesta terça no site oficial do Departamento, a atual administração manterá a prática de governos anteriores de priorizar a deportação de imigrantes em situação irregular com antecedentes criminais.
No entanto, o documento acrescentou que, "com extremamente poucas exceções limitadas, o DHS não exigirá nenhuma classe ou categoria de estrangeiros sujeitos de deportação da potencial aplicação da lei".
"Todos aqueles em violação das leis de imigração podem ser submetidos a procedimentos de aplicação da norma, inclusive a remoção dos Estados Unidos", destaca o documento.
'Partir os grilhões'O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, reforçou esta postura, destacando na costumeira coletiva de imprensa que "qualquer um que esteja aqui ilegalmente é sujeito de deportação a qualquer momento".
Mas, perguntado se a meta é a "deportação maciça" de imigrantes, respondeu taxativamente: "não".
Spicer informou que no governo anterior a patrulha fronteiriça e ICE "tinham as mãos atadas" para cumprir as leis migratórias.
"O presidente queria partir os grilhões e dizer (aos agentes), 'vocês têm uma missão, há leis que devem ser cumpridas, devem cumprir sua missão e seguir a lei".
O governo americano também planeja fortalecer sua força na fronteira com o México: Kelly anunciou a contratação de 5.000 novos empregados para a guarda fronteiriça (CBP) e de 10.000 empregados para a agência de controle migratório (ICE).
As novas diretrizes não modificam o programa "Ação Diferida para os Chegados na Infância" (DACA, na sigla em inglês), que protege da deportação jovens imigrantes em situação irregular, que foram trazidos aos Estados Unidos pelos pais quando eram crianças e ao qual Trump também prometeu por fim durante sua campanha.
A publicação das diretrizes ocorre dois dias antes de Kelly e o secretário de Estado, Rex Tillerson, se reúnam com seus contrapartes no México com a intenção de diminuir as tensões entre os dois países a partir do tema migratório.
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