Coreia do Norte ataca Malásia por caso do assassinato de Kim
Seul, 23 Fev 2017 (AFP) - A imprensa oficial da Coreia do Norte atacou nesta quinta-feira duramente a Malásia, que investiga o assassinato em Kuala Lumpur do meio-irmão do líder norte-coreano, e criticou procedimentos que classifica de ilegais e politizados.
A agência de notícias KCNA quebrou o silêncio após o espetacular assassinato que custou a vida de Kim Jongn-nam no dia 13 de fevereiro no aeroporto da capital da Malásia, e acusou este país de ser responsável por sua morte e de ter armado um complô junto à Coreia do Sul.
"A Malásia está obrigada a entregar o corpo à República Democrática Popular da Coreia em vez de ter realizado uma necropsia e um exame forense de maneira ilegal e imoral", declarou o Comitê de Juristas da Coreia do Norte, citado pela agência estatal KCNA.
Kim Jong-nam, de 45 anos, foi atacado no dia 13 de fevereiro no aeroporto de Kuala Lumpur por duas mulheres que supostamente lançaram um líquido em seu rosto quando se preparava para embarcar rumo a Macau. Faleceu pouco depois enquanto era levado ao hospital.
Segundo a Coreia do Sul, o assassinato foi planejado pelo regime comunista do Norte.
A Malásia se negou a entregar o corpo "sob o pretexto absurdo" de que precisa de uma amostra de DNA de um familiar do finado, escreveu a KCNA em um longo documento, no qual não menciona o nome de Kim Jong-nam, que estava exilado e era um crítico do regime de seu meio-irmão Kim Jong-un.
"Isso demonstra que do lado malaio irão politizar a transferência do corpo, em total desprezo pela legalidade e a moral", acrescenta a agência oficial.
"O principal responsável por esta morte é o governo da Malásia, já que o cidadão da República Popular faleceu em seu território", prossegue a KCNA, que atribui a tese de envenenamento a "rumores insensatos".
- Objetiva e equilibrada -Três suspeitos estão em prisão provisória: duas mulheres, uma vietnamita e uma indonésia, e um norte-coreano.
A polícia malaia também tem suspeitas sobre quatro norte-coreanos que fugiram da Malásia no mesmo dia do crime para viajar a Pyongyang. Quer interrogar ainda outros três norte-coreanos, entre eles um diplomata em Kuala Lumpur.
Mas o chefe da polícia, Khalid Abu Bakar, reconheceu que o segundo secretário da embaixada norte-coreana em Kuala Lumpur, Hyon Kwang Song - um dos três - não poderá ser interrogado a menos que o faça de forma voluntária.
"Respeitamos as regras de imunidade. Não podemos entrar na embaixada", declarou Khalid, que também classificou de "objetiva e equilibrada" a investigação dos policiais de seu país.
Na quarta-feira, o ministro sul-coreano de Relações Exteriores, Yun Byung-Se, convocou a comunidade internacional a "tomar medidas" contra o Norte, se for confirmada a hipótese de um ataque encomendado por Pyongyang.
"A comunidade internacional encararia isso como um ato de terrorismo de Estado que afeta a soberania da Malásia", declarou Yun, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, após um encontro com seu colega britânico, Boris Johnson.
A agência de notícias KCNA quebrou o silêncio após o espetacular assassinato que custou a vida de Kim Jongn-nam no dia 13 de fevereiro no aeroporto da capital da Malásia, e acusou este país de ser responsável por sua morte e de ter armado um complô junto à Coreia do Sul.
"A Malásia está obrigada a entregar o corpo à República Democrática Popular da Coreia em vez de ter realizado uma necropsia e um exame forense de maneira ilegal e imoral", declarou o Comitê de Juristas da Coreia do Norte, citado pela agência estatal KCNA.
Kim Jong-nam, de 45 anos, foi atacado no dia 13 de fevereiro no aeroporto de Kuala Lumpur por duas mulheres que supostamente lançaram um líquido em seu rosto quando se preparava para embarcar rumo a Macau. Faleceu pouco depois enquanto era levado ao hospital.
Segundo a Coreia do Sul, o assassinato foi planejado pelo regime comunista do Norte.
A Malásia se negou a entregar o corpo "sob o pretexto absurdo" de que precisa de uma amostra de DNA de um familiar do finado, escreveu a KCNA em um longo documento, no qual não menciona o nome de Kim Jong-nam, que estava exilado e era um crítico do regime de seu meio-irmão Kim Jong-un.
"Isso demonstra que do lado malaio irão politizar a transferência do corpo, em total desprezo pela legalidade e a moral", acrescenta a agência oficial.
"O principal responsável por esta morte é o governo da Malásia, já que o cidadão da República Popular faleceu em seu território", prossegue a KCNA, que atribui a tese de envenenamento a "rumores insensatos".
- Objetiva e equilibrada -Três suspeitos estão em prisão provisória: duas mulheres, uma vietnamita e uma indonésia, e um norte-coreano.
A polícia malaia também tem suspeitas sobre quatro norte-coreanos que fugiram da Malásia no mesmo dia do crime para viajar a Pyongyang. Quer interrogar ainda outros três norte-coreanos, entre eles um diplomata em Kuala Lumpur.
Mas o chefe da polícia, Khalid Abu Bakar, reconheceu que o segundo secretário da embaixada norte-coreana em Kuala Lumpur, Hyon Kwang Song - um dos três - não poderá ser interrogado a menos que o faça de forma voluntária.
"Respeitamos as regras de imunidade. Não podemos entrar na embaixada", declarou Khalid, que também classificou de "objetiva e equilibrada" a investigação dos policiais de seu país.
Na quarta-feira, o ministro sul-coreano de Relações Exteriores, Yun Byung-Se, convocou a comunidade internacional a "tomar medidas" contra o Norte, se for confirmada a hipótese de um ataque encomendado por Pyongyang.
"A comunidade internacional encararia isso como um ato de terrorismo de Estado que afeta a soberania da Malásia", declarou Yun, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, após um encontro com seu colega britânico, Boris Johnson.
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