México adverte EUA que recusará deportados de outros países
México, 24 Fev 2017 (AFP) - As autoridades mexicanas advertiram o governo americano de que não receberão migrantes deportados vindos de outros países, como os Estados Unidos pretendem fazer - assegurou o ministro do Interior, Miguel Angel Osorio Chong, nesta sexta-feira (24).
Em declarações à Rádio Fórmula, Osorio fez referência aos programas de cooperação dos Estados Unidos com o México, que o presidente americano, Donald Trump, ameaça cortar.
Segundo ele, a chamada Iniciativa Mérida - milionário plano de luta contra o tráfico financiado por Washington - "está em sua fase final", já que o México não depende dos americanos em matéria de segurança. Nesse sentido, dificilmente um corte em termos de recursos poderia ser usado como forma de "pressão".
Sobre os imigrantes em situação ilegal que não forem mexicanos, declarou: "não podemos recebê-los".
"Fomos muito claros nesse sentido e não vamos receber. Não podem deixar ali na fronteira, porque teremos de recusar. Não há possibilidade de que sejam recebidos pelo México", frisou.
No dia anterior, Osorio Chong havia se reunido, junto com o chanceler mexicano, Luis Videgaray, com os secretários americanos de Segurança Interna, John Kelly, e de Estado, Rex Tillerson, que estavam de visita à capital mexicana.
Na terça-feira (21), o Departamento de Segurança Interna dos EUA deu instruções de deportar imigrantes em situação ilegal para o país pelo qual entraram sem importar sua nacionalidade. Ainda de acordo com o Departamento, poderia haver sanções a essas nações - México e Canadá -, caso se negassem a cooperar.
"Deixamos claro que nem nossas leis, nem nossos processos, nem nossas capacidades poderiam ajudar. E não é só isso: nos pediram que, enquanto o processo legal estiver correndo, que fiquem aqui. Dissemos que nós não podemos tê-los aqui de modo algum (...). Não podemos nos tornar uma sala de espera para os que querem chegar aos Estados Unidos", destacou Osorio.
Kelly e Tillerson fizeram uma visita de um dia e meio com a missão de melhorar a relação com o México e discutir temas complicados, como a migração, o muro fronteiriço que o presidente Donald Trump pretende construir com financiamento mexicano e o livre-comércio.
A visita foi precedida por declarações nada diplomáticas de Trump, o qual afirmou que estão sendo expulsos dos Estados Unidos os "caras ruins", como chefes de tráfico e de quadrilhas, em um ritmo nunca visto.
Horas depois, Kelly tentou amenizar a situação, garantindo aos mexicanos que não haverá deportações em massa e que as forças militares não participarão das tarefas migratórias.
Estima-se que a cada ano cerca de 200.000 migrantes em situação ilegal - a maioria da América Central - tentem entrar nos Estados Unidos pelo México. Nessa travessia, costumam ser vítimas de abusos e agressões por parte das autoridades e de criminosos. Em alguns casos, são até assassinados.
Em declarações à Rádio Fórmula, Osorio fez referência aos programas de cooperação dos Estados Unidos com o México, que o presidente americano, Donald Trump, ameaça cortar.
Segundo ele, a chamada Iniciativa Mérida - milionário plano de luta contra o tráfico financiado por Washington - "está em sua fase final", já que o México não depende dos americanos em matéria de segurança. Nesse sentido, dificilmente um corte em termos de recursos poderia ser usado como forma de "pressão".
Sobre os imigrantes em situação ilegal que não forem mexicanos, declarou: "não podemos recebê-los".
"Fomos muito claros nesse sentido e não vamos receber. Não podem deixar ali na fronteira, porque teremos de recusar. Não há possibilidade de que sejam recebidos pelo México", frisou.
No dia anterior, Osorio Chong havia se reunido, junto com o chanceler mexicano, Luis Videgaray, com os secretários americanos de Segurança Interna, John Kelly, e de Estado, Rex Tillerson, que estavam de visita à capital mexicana.
Na terça-feira (21), o Departamento de Segurança Interna dos EUA deu instruções de deportar imigrantes em situação ilegal para o país pelo qual entraram sem importar sua nacionalidade. Ainda de acordo com o Departamento, poderia haver sanções a essas nações - México e Canadá -, caso se negassem a cooperar.
"Deixamos claro que nem nossas leis, nem nossos processos, nem nossas capacidades poderiam ajudar. E não é só isso: nos pediram que, enquanto o processo legal estiver correndo, que fiquem aqui. Dissemos que nós não podemos tê-los aqui de modo algum (...). Não podemos nos tornar uma sala de espera para os que querem chegar aos Estados Unidos", destacou Osorio.
Kelly e Tillerson fizeram uma visita de um dia e meio com a missão de melhorar a relação com o México e discutir temas complicados, como a migração, o muro fronteiriço que o presidente Donald Trump pretende construir com financiamento mexicano e o livre-comércio.
A visita foi precedida por declarações nada diplomáticas de Trump, o qual afirmou que estão sendo expulsos dos Estados Unidos os "caras ruins", como chefes de tráfico e de quadrilhas, em um ritmo nunca visto.
Horas depois, Kelly tentou amenizar a situação, garantindo aos mexicanos que não haverá deportações em massa e que as forças militares não participarão das tarefas migratórias.
Estima-se que a cada ano cerca de 200.000 migrantes em situação ilegal - a maioria da América Central - tentem entrar nos Estados Unidos pelo México. Nessa travessia, costumam ser vítimas de abusos e agressões por parte das autoridades e de criminosos. Em alguns casos, são até assassinados.
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