François Fillon acusa Hollande de organizar vazamentos à imprensa
Paris, 24 Mar 2017 (AFP) - O candidato da direita nas eleições presidenciais francesas, François Fillon, indiciado por desvio de fundos públicos, acusou nesta quinta-feira o presidente socialista, François Hollande, de estar à frente de um "gabinete negro" para vazar elementos de investigações judiciais à imprensa.
"Há dois meses que a imprensa me cobre de lama", disse Fillon, indignado, quando um jornalista o questionou se era "um homem de dinheiro" durante o programa L'Emission politique, no canal estatal France 2.
Uma sequência de revelações sobre o candidato do partido conservador Les Républicains derrubou a imagem de probidade que o fez ganhar as primárias da direita em novembro.
Após estar em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, Fillon passou, nas últimas pesquisas, a ocupar o terceiro lugar, podendo ficar de fora do segundo turno.
"Me lembrei muito de Pierre Bérégovoy" - ex-primeiro-ministro socialista do presidente François Mitterrand, que se matou em 1993 por um escândalo suscitado por um empréstimo que recebeu - disse o candidato conservador. "Entendi porque ele chegou ao extremo".
Depois acusou Hollande de comandar um "gabinete negro" que organizaria vazamentos à imprensa.
"Há um livro que será lançado em breve, e que eu li passagens, no qual escrevem jornalistas que não são meus amigos, já que dois deles são jornalistas no Le Canard Enchaîné", explicou Fillon.
A revista satírica Le Canard Enchaîné descobriu, no fim de janeiro, o caso dos supostos empregos fantasmas que o candidato concedeu a sua esposa Penelope e a dois de seus filhos quando era parlamentar.
Segundo Fillon, esse livro "explica que François Hollande transmite todas as escutas judiciais que lhe interessam, o que é totalmente ilegal.
"Eu, esta noite, solenemente, peço que abram uma investigação sobre as acusações feitas neste livro, porque é um escândalo de Estado", acrescentou.
O presidente Hollande não esperou o final do programa para condenar "as mentiras de François Fillon" e assegurar que tomou conhecimento do caso judicial do candidato conservador "pela imprensa", segundo comunicado do Eliseu.
O candidato do partido conservador também aproveitou o programa para pedir desculpas pelo caso dos ternos de luxo que recebeu de presente de seu "amigo" Robert Burgi, um advogado próximo aos interesses franceses na África, e que a Justiça também está investigando.
"Me enganei ao aceitar" estes ternos, "caí em um erro de critério e os devolvi", indicou a respeito dos três ternos - avaliados em 13 mil euros.
npk-dec/mat/cb/lr
"Há dois meses que a imprensa me cobre de lama", disse Fillon, indignado, quando um jornalista o questionou se era "um homem de dinheiro" durante o programa L'Emission politique, no canal estatal France 2.
Uma sequência de revelações sobre o candidato do partido conservador Les Républicains derrubou a imagem de probidade que o fez ganhar as primárias da direita em novembro.
Após estar em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, Fillon passou, nas últimas pesquisas, a ocupar o terceiro lugar, podendo ficar de fora do segundo turno.
"Me lembrei muito de Pierre Bérégovoy" - ex-primeiro-ministro socialista do presidente François Mitterrand, que se matou em 1993 por um escândalo suscitado por um empréstimo que recebeu - disse o candidato conservador. "Entendi porque ele chegou ao extremo".
Depois acusou Hollande de comandar um "gabinete negro" que organizaria vazamentos à imprensa.
"Há um livro que será lançado em breve, e que eu li passagens, no qual escrevem jornalistas que não são meus amigos, já que dois deles são jornalistas no Le Canard Enchaîné", explicou Fillon.
A revista satírica Le Canard Enchaîné descobriu, no fim de janeiro, o caso dos supostos empregos fantasmas que o candidato concedeu a sua esposa Penelope e a dois de seus filhos quando era parlamentar.
Segundo Fillon, esse livro "explica que François Hollande transmite todas as escutas judiciais que lhe interessam, o que é totalmente ilegal.
"Eu, esta noite, solenemente, peço que abram uma investigação sobre as acusações feitas neste livro, porque é um escândalo de Estado", acrescentou.
O presidente Hollande não esperou o final do programa para condenar "as mentiras de François Fillon" e assegurar que tomou conhecimento do caso judicial do candidato conservador "pela imprensa", segundo comunicado do Eliseu.
O candidato do partido conservador também aproveitou o programa para pedir desculpas pelo caso dos ternos de luxo que recebeu de presente de seu "amigo" Robert Burgi, um advogado próximo aos interesses franceses na África, e que a Justiça também está investigando.
"Me enganei ao aceitar" estes ternos, "caí em um erro de critério e os devolvi", indicou a respeito dos três ternos - avaliados em 13 mil euros.
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