Kirchner irá a julgamento oral por caso financeiro na Argentina
Buenos Aires, 23 Mar 2017 (AFP) - A ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015) irá a julgamento oral por suposto prejuízo ao Estado em operações cambiárias do Banco Central ao fim de seu governo, segundo uma decisão do juiz Claudio Bonadio divulgada nesta quinta-feira.
A data do julgamento pelo caso chamado "dólar futuro" será definida pelo tribunal oral responsável pelo processo.
Junto a Kirchner, de 64 anos, serão julgados o ex-ministro da Economia e atual deputado Axel Kicillof e o ex-presidente do Banco Central da Argentina (BCRA) Alejandro Vanoli, informou o Centro de Informação Judicial (CIJ) que depende da Suprema Corte.
O magistrado os acusa de ter causado dano financeiro ao Banco Central por suas medidas contra a desvalorização em 2015.
O deputado peronista da Frente Renovadora (centro direita) Felipe Solá, opositor a Kirchner, advertiu que esse caso se emarca em "uma espécie de caça contra a ex-presidente". Seu argumento é que é absurdo judicializar práticas consideradas ruins em políticas econômicas dos governos.
Kirchner, Kicillof e Vanoli serão julgados pelo delito de "administração fraudulenta em prejuízo à administração estatal", em uma polêmica acusação referida à política monetária do governo passado, segundo a decisão do juiz de 27 folhas na qual deu por encerrada a etapa de instrução.
Por esse motivo, em maio de 2016, o juiz Bonadio processou Kirchner e embargou seus bens por 15 milhões de pesos (1 milhão de dólares).
A operação com dólares a futuro consiste em fixar um preço da divisa a três ou quatro meses, como investimento. Se a taxa de câmbio cair, o Banco Central ganha dinheiro, mas se houver desvalorização a instituição perde.
Uma das primeiras medidas do presidente Mauricio Macri após assumir em 10 de dezembro de 2015 foi liberar a taxa de câmbio e a desvalorização chegou a 32%.
Em sua defesa, a ex-presidente afirmou que quem comprou os dólares a futuro foram os empresários, muitos deles funcionários do governo de Macri e todos eles foram autorizados pelo juiz Bonadio a cobrar os futuros.
Sobre Kirchner, que se diz "vítima de uma perseguição judicial e midiática", pesam outras três acusações, uma delas por suposta corrupção com negócios imobiliários da família, um caso que também está nas mãos de Bonadio.
A data do julgamento pelo caso chamado "dólar futuro" será definida pelo tribunal oral responsável pelo processo.
Junto a Kirchner, de 64 anos, serão julgados o ex-ministro da Economia e atual deputado Axel Kicillof e o ex-presidente do Banco Central da Argentina (BCRA) Alejandro Vanoli, informou o Centro de Informação Judicial (CIJ) que depende da Suprema Corte.
O magistrado os acusa de ter causado dano financeiro ao Banco Central por suas medidas contra a desvalorização em 2015.
O deputado peronista da Frente Renovadora (centro direita) Felipe Solá, opositor a Kirchner, advertiu que esse caso se emarca em "uma espécie de caça contra a ex-presidente". Seu argumento é que é absurdo judicializar práticas consideradas ruins em políticas econômicas dos governos.
Kirchner, Kicillof e Vanoli serão julgados pelo delito de "administração fraudulenta em prejuízo à administração estatal", em uma polêmica acusação referida à política monetária do governo passado, segundo a decisão do juiz de 27 folhas na qual deu por encerrada a etapa de instrução.
Por esse motivo, em maio de 2016, o juiz Bonadio processou Kirchner e embargou seus bens por 15 milhões de pesos (1 milhão de dólares).
A operação com dólares a futuro consiste em fixar um preço da divisa a três ou quatro meses, como investimento. Se a taxa de câmbio cair, o Banco Central ganha dinheiro, mas se houver desvalorização a instituição perde.
Uma das primeiras medidas do presidente Mauricio Macri após assumir em 10 de dezembro de 2015 foi liberar a taxa de câmbio e a desvalorização chegou a 32%.
Em sua defesa, a ex-presidente afirmou que quem comprou os dólares a futuro foram os empresários, muitos deles funcionários do governo de Macri e todos eles foram autorizados pelo juiz Bonadio a cobrar os futuros.
Sobre Kirchner, que se diz "vítima de uma perseguição judicial e midiática", pesam outras três acusações, uma delas por suposta corrupção com negócios imobiliários da família, um caso que também está nas mãos de Bonadio.
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