Estado Islâmico contra-ataca para bloquear ofensiva em Raqa
Barrage de Tabqa, Syrie, 28 Mar 2017 (AFP) - Os extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) lançaram nesta terça-feira contra-ataques no norte da Síria para tentar bloquear a ofensiva da aliança curdo-árabe apoiada pelos países ocidentais.
O EI visa deter o avanço das Forças Democráticas da Síria (FDS), que cercam gradualmente Raqa, a sua capital na Síria desde 2014.
Elas estão a 8 km da capital provincial e a 18 e 29 km nas outras direções.
"As batalhas são extremamente violentas em todas as frentes ao redor de Raqa, acompanhadas por ataques incessantes da coalizão" liderada por Washington, indicou à AFP o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman.
"A maioria dos confrontos são devido aos contra-ataques do EI. O objetivo dos extremistas é conduzir uma guerra de atrito para cansar seus adversários especialmente em torno do aeroporto de Tabqa", 55 km a oeste de Raqa, disse ele.
Cerca de 900 combatentes do EI em Raqa se mobilizaram em todas as frentes em torno da cidade, disse ele.
O EI confirmou ter lançado operações de guerrilha no leste da província. Os jihadistas "realizaram um ataque com armas leves contra os apóstatas e retornaram ilesos à sua base", de acordo com sua rádio al-Bayan.
Os combatentes curdos e árabes tomaram no domingo o aeroporto militar de Tabqa, mas não conseguiram alcançar a cidade de mesmo nome, 3 km mais ao norte, que continua nas mãos do EI.
"O front de Tabqa continua a ser o mais importante e os confrontos estão ocorrendo em torno da cidade e ao redor do aeroporto", indicou o OSDH.
Em contrapartida, um jornalista da AFP, que estava na terça-feira com as FDS no acesso norte para este imenso complexo, disse que a situação estava calma, fora os bombardeios esporádicos.
As FDS têm conseguido reforçar suas posições graças ao apoio da coalizão internacional, atuante por meio dos ataques aéreos e também com conselheiros e militares no terreno. Assim, o jornalista da AFP viu veículos blindados dos Marines americanos e outros soldados que eram britânicos segundo as FDS.
RepresaApós uma breve pausa na segunda-feira nos combates a fim de permitir que técnicos entrassem no complexo, os combates recomeçaram, indicou um porta-voz das FDS, Jihan Sheikh Ahmad.
"O EI reuniu tropas e atacou nossas forças na área, o que nos obrigou a responder e retomar as operações para liberar a represa", declarou.
Em fevereiro, a ONU havia alertado para o aumento do nível da água, temendo "inundações em grande escala em Raqa e na (província de) Deir Ezzor" caso a represa fosse danificada pelos ataques aéreos.
Nesta terça-feira, o jornalista da AFP viu três técnicos acompanhados pelo Crescente Vermelho Sírio examinando a barragem e avaliando o nível da água.
"As explosões e combates ameaçam a represa e pedimos a todas as partes que se mantenham longe", disse à AFP Ismail Jassem, engenheiro da represa de Techrine, localizada na província de Aleppo.
"O nível da água é agora aceitável. Viemos abrir uma válvula para reduzir a pressão", informou,
Três represas estão do lado sírio do Eufrates: Baas, Techrine e Saura, conhecida como barragem de Tabqa. Esta última tem uma capacidade de 14,1 km3, que engoliria o vale do Eufrates até Deir Ezzor caso cedesse, segundo o geógrafo francês Fabrice Balanche.
Cerca de 100.000 pessoas na maioria sunita vivem em torno da barragem e Tabqa.
O EI visa deter o avanço das Forças Democráticas da Síria (FDS), que cercam gradualmente Raqa, a sua capital na Síria desde 2014.
Elas estão a 8 km da capital provincial e a 18 e 29 km nas outras direções.
"As batalhas são extremamente violentas em todas as frentes ao redor de Raqa, acompanhadas por ataques incessantes da coalizão" liderada por Washington, indicou à AFP o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman.
"A maioria dos confrontos são devido aos contra-ataques do EI. O objetivo dos extremistas é conduzir uma guerra de atrito para cansar seus adversários especialmente em torno do aeroporto de Tabqa", 55 km a oeste de Raqa, disse ele.
Cerca de 900 combatentes do EI em Raqa se mobilizaram em todas as frentes em torno da cidade, disse ele.
O EI confirmou ter lançado operações de guerrilha no leste da província. Os jihadistas "realizaram um ataque com armas leves contra os apóstatas e retornaram ilesos à sua base", de acordo com sua rádio al-Bayan.
Os combatentes curdos e árabes tomaram no domingo o aeroporto militar de Tabqa, mas não conseguiram alcançar a cidade de mesmo nome, 3 km mais ao norte, que continua nas mãos do EI.
"O front de Tabqa continua a ser o mais importante e os confrontos estão ocorrendo em torno da cidade e ao redor do aeroporto", indicou o OSDH.
Em contrapartida, um jornalista da AFP, que estava na terça-feira com as FDS no acesso norte para este imenso complexo, disse que a situação estava calma, fora os bombardeios esporádicos.
As FDS têm conseguido reforçar suas posições graças ao apoio da coalizão internacional, atuante por meio dos ataques aéreos e também com conselheiros e militares no terreno. Assim, o jornalista da AFP viu veículos blindados dos Marines americanos e outros soldados que eram britânicos segundo as FDS.
RepresaApós uma breve pausa na segunda-feira nos combates a fim de permitir que técnicos entrassem no complexo, os combates recomeçaram, indicou um porta-voz das FDS, Jihan Sheikh Ahmad.
"O EI reuniu tropas e atacou nossas forças na área, o que nos obrigou a responder e retomar as operações para liberar a represa", declarou.
Em fevereiro, a ONU havia alertado para o aumento do nível da água, temendo "inundações em grande escala em Raqa e na (província de) Deir Ezzor" caso a represa fosse danificada pelos ataques aéreos.
Nesta terça-feira, o jornalista da AFP viu três técnicos acompanhados pelo Crescente Vermelho Sírio examinando a barragem e avaliando o nível da água.
"As explosões e combates ameaçam a represa e pedimos a todas as partes que se mantenham longe", disse à AFP Ismail Jassem, engenheiro da represa de Techrine, localizada na província de Aleppo.
"O nível da água é agora aceitável. Viemos abrir uma válvula para reduzir a pressão", informou,
Três represas estão do lado sírio do Eufrates: Baas, Techrine e Saura, conhecida como barragem de Tabqa. Esta última tem uma capacidade de 14,1 km3, que engoliria o vale do Eufrates até Deir Ezzor caso cedesse, segundo o geógrafo francês Fabrice Balanche.
Cerca de 100.000 pessoas na maioria sunita vivem em torno da barragem e Tabqa.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.