Chanceler do Paraguai acusa 'grupo violento' por confrontos no Congresso
O chanceler do Paraguai, Eladio Loizaga, responsabilizou neste sábado (1º) em Buenos Aires "um grupo violento" pelos confrontos em Assunção na sexta-feira que deixaram um morto, 30 feridos e cerca de 200 detidos, e apoiou a ação policial.
"O governo do presidente (Horacio) Cartes condena esta atitude intolerante e violenta de grupos sectários que perpetraram um sacrilégio contra um monumento histórico nacional que é um espaço onde a democracia se constrói e se desenvolve", disse Loizaga.
O chanceler insistiu em que "o que sucedeu ontem (sexta-feira em Assunção) é uma ação de um grupo violento que não entende o que é a democracia, não entende o que é a tolerância e o direito a se manifestar pacificamente".
Loizaga foi consultado sobre a situação no seu país após participar neste sábado de uma reunião do Mercosul convocada de urgência pela Argentina, que exerce a presidência temporária do bloco, para abordar a situação da Venezuela.
"A democracia no Paraguai está mais firme do que nunca", afirmou, acrescentando que "as forças de segurança agiram com total responsabilidade".
A aprovação pelo Senado de uma controversa emenda constitucional para permitir a reeleição presidencial gerou confrontos entre policiais e manifestantes que ocorreram na sexta-feira no Congresso e provocaram um incêndio.
Na madrugada de sábado, um dirigente juvenil do opositor Partido Liberal foi morto pela polícia depois da violenta irrupção policial na sede dessa agrupação política.
A violência deixou cerca de 30 feridos, entre eles vários legisladores da oposição, e 211 pessoas foram detidas.
A um ano da eleição presidencial, o governo pretende abrir a porta para a reeleição, mas a oposição rejeita a proposta, e defende que se mantenha um único mandato, como dispõe a Constituição de 1992.
Uma maioria de 25 senadores do Partido Colorado (do governo), de um total de 45, aprovou na sexta-feira o projeto de emenda constitucional, que deveria ser ratificado neste sábado pela Câmara de Deputados, mas a sessão foi suspensa após os distúrbios.
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