Força curdo-árabe na Síria avança para Raqa, capital do Estado Islâmico
Beirute, 24 Abr 2017 (AFP) - As forças curdo-árabes entraram pela primeira vez nesta segunda-feira em Tabqa, localidade-chave na direção do principal reduto do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e objetivo final destas tropas apoiadas pelos Estados Unidos.
Em 5 de novembro de 2016, as Forças Democráticas da Síria (FDS) lançaram uma grande ofensiva, batizada de "Cólera do Eufrates", para expulsar o EI da cidade de Raqa, no nordeste do país em guerra.
Esta aliança de combatentes curdos e árabes é apoiada pelos ataques aéreos de uma coalizão internacional liderada pelos Estados e no chão conselheiros militares americanos.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), as FDS "estraram pela primeira vez em Tabqa que elas cercam de todos os lados. Assumiram o controle de vários pontos no sul e avançam para a periferia oeste".
Em um comunicado publicado on-line, as FDS anunciaram que tomaram posições do EI no sul e oeste de Tabqa, localizada 55 km a oeste de Raqa.
Os extremistas tentam repelir o ataque das FDS, e violentos combates estão ocorrendo em Tabqa, onde as posições jihadistas também são alvos de intensos ataques por parte da coalizão internacional, de acordo com OSDH.
Um desses ataques matou nesta segunda-feira uma família de três mulheres e cinco crianças, que fugiam de carro, no sudeste da cidade, acrescentou a ONG.
Para o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, "a verdadeira batalha começa agora, porque não há nenhuma possibilidade para os extremistas de deixar a cidade."
- Até o último combatente - "A duração da batalha depende da decisão dos combatentes do EI de se render ou lutar até o último", disse ele.
Nos últimos meses, as FDS mordiscaram vários setores em direção a Raqa, controlada pelos extremistas 2014. A ofensiva para conquistar Tabqa começou em março.
Em meados de abril, as FDS chegaram às portas de Tabqa, que era então um importante quartel-general dos líderes da organização ultrarradical e que abrigava sua maior prisão, onde foram encarcerados reféns ocidentais.
A cidade representa uma linha de defesa estratégica para a "capital" do EI e está próxima da maior represa na Síria, no Eufrates.
Um estudo realizado pelo think tank "Syrian economic task force", com sede em Dubai, aponta que a cidade possui atualmente 75.000 habitantes, além de 10.000 combatentes do EI e suas famílias vindas de países árabes, da Europa, Austrália e dos Estados Unidos. A população era de 250.000 habitantes antes da guerra.
Com o apoio aéreo da coalizão internacional e assessores internacionais no terrenos, as FDS conseguiram cortar as principais vias de acesso ao exterior. Os Estados Unidos implantaram uma bateria de artilharia dos Marines na Síria para apoiar esta ofensiva.
As FDS já recuperaram o aeroporto perto da cidade.
Desencadeada em março de 2011 pela repressão de manifestações pró-democracia, a guerra na Síria se tornou gradualmente mais complexa com o envolvimento de grupos jihadistas, poderes regionais e potências internacionais, em um território muito fragmentado.
O conflito provocou a pior crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial, com mais de 320.000 mortos em seis anos e milhões de deslocadas. O país contava com 22 milhões de habitantes antes da guerra.
Em 5 de novembro de 2016, as Forças Democráticas da Síria (FDS) lançaram uma grande ofensiva, batizada de "Cólera do Eufrates", para expulsar o EI da cidade de Raqa, no nordeste do país em guerra.
Esta aliança de combatentes curdos e árabes é apoiada pelos ataques aéreos de uma coalizão internacional liderada pelos Estados e no chão conselheiros militares americanos.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), as FDS "estraram pela primeira vez em Tabqa que elas cercam de todos os lados. Assumiram o controle de vários pontos no sul e avançam para a periferia oeste".
Em um comunicado publicado on-line, as FDS anunciaram que tomaram posições do EI no sul e oeste de Tabqa, localizada 55 km a oeste de Raqa.
Os extremistas tentam repelir o ataque das FDS, e violentos combates estão ocorrendo em Tabqa, onde as posições jihadistas também são alvos de intensos ataques por parte da coalizão internacional, de acordo com OSDH.
Um desses ataques matou nesta segunda-feira uma família de três mulheres e cinco crianças, que fugiam de carro, no sudeste da cidade, acrescentou a ONG.
Para o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, "a verdadeira batalha começa agora, porque não há nenhuma possibilidade para os extremistas de deixar a cidade."
- Até o último combatente - "A duração da batalha depende da decisão dos combatentes do EI de se render ou lutar até o último", disse ele.
Nos últimos meses, as FDS mordiscaram vários setores em direção a Raqa, controlada pelos extremistas 2014. A ofensiva para conquistar Tabqa começou em março.
Em meados de abril, as FDS chegaram às portas de Tabqa, que era então um importante quartel-general dos líderes da organização ultrarradical e que abrigava sua maior prisão, onde foram encarcerados reféns ocidentais.
A cidade representa uma linha de defesa estratégica para a "capital" do EI e está próxima da maior represa na Síria, no Eufrates.
Um estudo realizado pelo think tank "Syrian economic task force", com sede em Dubai, aponta que a cidade possui atualmente 75.000 habitantes, além de 10.000 combatentes do EI e suas famílias vindas de países árabes, da Europa, Austrália e dos Estados Unidos. A população era de 250.000 habitantes antes da guerra.
Com o apoio aéreo da coalizão internacional e assessores internacionais no terrenos, as FDS conseguiram cortar as principais vias de acesso ao exterior. Os Estados Unidos implantaram uma bateria de artilharia dos Marines na Síria para apoiar esta ofensiva.
As FDS já recuperaram o aeroporto perto da cidade.
Desencadeada em março de 2011 pela repressão de manifestações pró-democracia, a guerra na Síria se tornou gradualmente mais complexa com o envolvimento de grupos jihadistas, poderes regionais e potências internacionais, em um território muito fragmentado.
O conflito provocou a pior crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial, com mais de 320.000 mortos em seis anos e milhões de deslocadas. O país contava com 22 milhões de habitantes antes da guerra.
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