ONU denuncia difusão de vídeo de execução na RDC
Nações Unidas, Estados Unidos, 25 Abr 2017 (AFP) - As Nações Unidas criticaram nesta segunda-feira a decisão das autoridades da República Democrática do Congo (RDC) de difundir um vídeo com a execução de dois especialistas da ONU, em março passado, afirmando que a decisão pode prejudicar as investigações.
As autoridades da RDC mostraram à imprensa um vídeo de dois minutos com a suposta execução dos especialistas, a fim de afastar as suspeitas que pesavam sobre o governo em Kinshasa.
"O vídeo é uma prova do crime. Pensamos que não deveria ter sido publicado. Pensamos que não deveria ter sido exibido", disse o porta-voz da ONU Stéphane Dujarric.
"Não é possível imaginar o quanto isto pode traumatizar as famílias das vítimas", declarou Dujarric, admitindo que a gravação é autêntica.
O vídeo mostra um homem e uma mulher - o americano Michael Sharp e a sueca-chilena Zaida Catalán - cercados por sete pessoas que conversam em tshiluba, a principal língua da província de Kasai, armadas com facões e porretes. Um dos homens carrega um velho fuzil.
Os dois especialistas são obrigados a se deitar e em seguida, ocorre sua execução. Finalmente, um adolescente decapita uma das vítimas.
Sharp e Catalán integravam o grupo de especialistas que investigava a existência de fossas comuns na região.
O Kasai central e outras três províncias da RDC são palco de um conflito que envolve milicianos, policiais e militares e já causou a morte de centenas de pessoas desde setembro passado.
As autoridades da RDC mostraram à imprensa um vídeo de dois minutos com a suposta execução dos especialistas, a fim de afastar as suspeitas que pesavam sobre o governo em Kinshasa.
"O vídeo é uma prova do crime. Pensamos que não deveria ter sido publicado. Pensamos que não deveria ter sido exibido", disse o porta-voz da ONU Stéphane Dujarric.
"Não é possível imaginar o quanto isto pode traumatizar as famílias das vítimas", declarou Dujarric, admitindo que a gravação é autêntica.
O vídeo mostra um homem e uma mulher - o americano Michael Sharp e a sueca-chilena Zaida Catalán - cercados por sete pessoas que conversam em tshiluba, a principal língua da província de Kasai, armadas com facões e porretes. Um dos homens carrega um velho fuzil.
Os dois especialistas são obrigados a se deitar e em seguida, ocorre sua execução. Finalmente, um adolescente decapita uma das vítimas.
Sharp e Catalán integravam o grupo de especialistas que investigava a existência de fossas comuns na região.
O Kasai central e outras três províncias da RDC são palco de um conflito que envolve milicianos, policiais e militares e já causou a morte de centenas de pessoas desde setembro passado.
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