Marechal rebelde líbio anuncia 'libertação total' de Benghazi
Bengasi, Líbia, 5 Jul 2017 (AFP) - O marechal Khalifa Haftar, que domina o leste da Líbia, anunciou nesta quarta-feira a "libertação total" de Benghazi dos extremistas, após três anos de violentos combates.
"Após uma luta contínua contra o terrorismo e os seus agentes, que dura mais de três anos (...), nós anunciamos a libertação de Benghazi do terrorismo. Uma libertação total", declarou o marechal Haftar em discurso à televisão.
Ele prestou uma homenagem às "caravanas de mártires" dos combates contra os extremistas, e acrescentou que Benghazi "entra hoje em uma nova era de paz, segurança, reconciliação e reconstrução".
As forças leais a Haftar já haviam anunciado nesta quarta um avanço significativo sobre os últimos redutos dos extremistas em Benghazi, e antecipavam uma vitória "iminente".
Desde a Primavera Árabe, essas forças estão em guerra em Benghazi contra os grupos extremistas, entre eles o Conselho da Shura dos Revolucionários de Benghazi, coalizão de milícias islâmicas a qual pertencem supostos membros do grupo Estado Islâmico (EI) e da Ansar Asharia, grupo líbio que tem proximidade com o Al-Qaeda.
- Interlocutor indispensável -A Líbia vive uma situação de caos desde a queda do ditador Muammar Kadhafi, em 2011, apoiada pelos ocidentais. Atualmente duas autoridades disputam o poder no país.
Trata-se do Governo de União Nacional (GNA), com sede em Trípoli e reconhecido pela comunidade internacional, e das autoridades não reconhecidas, com sede no leste do país, lideradas pelo marechal Haftar.
Khalifa Haftar, ex-dignatário do regime de Kadhafi e que também viveu nos Estados Unidos, é acusado por seus rivais, especialmente as poderosas milícias de Misrata, de querer instaurar um regime militar na Líbia.
Seus inimigos duvidam de suas capacidades militares. O ANL perdeu muitos homens e teve dificuldades na luta com os grupos extremistas no leste, que estão muito debilitados.
O marechal contava com o apoio do Egito, assim como dos Emirados Árabes Unidos, antes de se aproximar da Rússia no início de 2017.
Embora nenhum posto tenha sido atribuído a ele no acordo político inter-líbio alcançado no final de 2015, e que levou à formação do GNA, o marechal Haftar se impôs como um interlocutor indispensável, especialmente após se apoderar de quatro terminais petroleiros no leste do país, de onde é exportada a maior parte do petróleo líbio.
O ANL não comunicou um boletim de eventuais vítimas durante os combates dos últimos cinco dias. O último conhecido falava em 48 soldados mortos nos confrontos em junho, segundo fontes médicas de Benghazi.
str-ila/mdr/cb/lr
"Após uma luta contínua contra o terrorismo e os seus agentes, que dura mais de três anos (...), nós anunciamos a libertação de Benghazi do terrorismo. Uma libertação total", declarou o marechal Haftar em discurso à televisão.
Ele prestou uma homenagem às "caravanas de mártires" dos combates contra os extremistas, e acrescentou que Benghazi "entra hoje em uma nova era de paz, segurança, reconciliação e reconstrução".
As forças leais a Haftar já haviam anunciado nesta quarta um avanço significativo sobre os últimos redutos dos extremistas em Benghazi, e antecipavam uma vitória "iminente".
Desde a Primavera Árabe, essas forças estão em guerra em Benghazi contra os grupos extremistas, entre eles o Conselho da Shura dos Revolucionários de Benghazi, coalizão de milícias islâmicas a qual pertencem supostos membros do grupo Estado Islâmico (EI) e da Ansar Asharia, grupo líbio que tem proximidade com o Al-Qaeda.
- Interlocutor indispensável -A Líbia vive uma situação de caos desde a queda do ditador Muammar Kadhafi, em 2011, apoiada pelos ocidentais. Atualmente duas autoridades disputam o poder no país.
Trata-se do Governo de União Nacional (GNA), com sede em Trípoli e reconhecido pela comunidade internacional, e das autoridades não reconhecidas, com sede no leste do país, lideradas pelo marechal Haftar.
Khalifa Haftar, ex-dignatário do regime de Kadhafi e que também viveu nos Estados Unidos, é acusado por seus rivais, especialmente as poderosas milícias de Misrata, de querer instaurar um regime militar na Líbia.
Seus inimigos duvidam de suas capacidades militares. O ANL perdeu muitos homens e teve dificuldades na luta com os grupos extremistas no leste, que estão muito debilitados.
O marechal contava com o apoio do Egito, assim como dos Emirados Árabes Unidos, antes de se aproximar da Rússia no início de 2017.
Embora nenhum posto tenha sido atribuído a ele no acordo político inter-líbio alcançado no final de 2015, e que levou à formação do GNA, o marechal Haftar se impôs como um interlocutor indispensável, especialmente após se apoderar de quatro terminais petroleiros no leste do país, de onde é exportada a maior parte do petróleo líbio.
O ANL não comunicou um boletim de eventuais vítimas durante os combates dos últimos cinco dias. O último conhecido falava em 48 soldados mortos nos confrontos em junho, segundo fontes médicas de Benghazi.
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