ONGs denunciam crimes contra a humanidade cometidos no México
Haia, 5 Jul 2017 (AFP) - Nesta quarta-feira (5), várias ONGs exigiram perante o Tribunal Penal Internacional (TPI) a abertura de uma investigação preliminar sobre a situação no norte do México, região na qual os atos de tortura, assassinatos e sequestros fazem parte do dia a dia há mais de uma década.
"Com a ajuda do cartel de Los Zetas, as autoridades mexicanas são culpadas por crimes contra a humanidade desde 2009", declarou em coletiva de imprensa, em Haia, Jimena Reyes, diretora da Federação Internacional Para os Direitos Humanos (FIDH) nas Américas.
A FIDH publicou nesta quarta-feira, com o apoio de dezenas de associações de todo o mundo, um documento de 72 páginas que será entregue nesta quinta-feira (6) ao procurad-geral da CPI.
"Pedimos a abertura de uma investigação preliminar, primeira etapa para que o Estado mexicano reconheça que crimes contra a humanidade são cometidos no México", prosseguiu Jimena Reyes. "Isso deve terminar que a situação é de tal crueldade que supera qualquer entendimento".
Esse relatório tem como foco o estado de Coahuila, situado na fronteira com o Texas, local no qual oficialmente já desapareceram 1.830 pessoas. Toma como base também a análise de 500 casos relacionados à "tortura, privação de liberdade e desaparecimento forçado", segundo o documento.
Após uma década de guerra provocada pelo narcotráfico, o número de vítimas não para de crescer. Nesse período, o governo reconhece mais de 200.000 mortos e 32.000 desaparecidos.
cvo/jkb/gm/mb/bn/
"Com a ajuda do cartel de Los Zetas, as autoridades mexicanas são culpadas por crimes contra a humanidade desde 2009", declarou em coletiva de imprensa, em Haia, Jimena Reyes, diretora da Federação Internacional Para os Direitos Humanos (FIDH) nas Américas.
A FIDH publicou nesta quarta-feira, com o apoio de dezenas de associações de todo o mundo, um documento de 72 páginas que será entregue nesta quinta-feira (6) ao procurad-geral da CPI.
"Pedimos a abertura de uma investigação preliminar, primeira etapa para que o Estado mexicano reconheça que crimes contra a humanidade são cometidos no México", prosseguiu Jimena Reyes. "Isso deve terminar que a situação é de tal crueldade que supera qualquer entendimento".
Esse relatório tem como foco o estado de Coahuila, situado na fronteira com o Texas, local no qual oficialmente já desapareceram 1.830 pessoas. Toma como base também a análise de 500 casos relacionados à "tortura, privação de liberdade e desaparecimento forçado", segundo o documento.
Após uma década de guerra provocada pelo narcotráfico, o número de vítimas não para de crescer. Nesse período, o governo reconhece mais de 200.000 mortos e 32.000 desaparecidos.
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