Líder negro e indígena morrem em confrontos de ELN e grupo armado na Colômbia
Bogotá, 24 Ago 2017 (AFP) - Um indígena e um líder negro morreram no noroeste da Colômbia em enfrentamentos entre o ELN, única guerrilha ativa que negocia a paz com o governo, e um grupo criminoso de origem paramilitar, informaram o Acnur e organizações sociais.
A indígena Ana María Mepaquito, de 22 anos, mãe de quatro filhos, morreu na terça-feira após choques entre grupos armados na bacia do rio Truandó, departamento selvático de Chocó, disse nesta quinta-feira o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) em um comunicado.
Segundo a Organização Nacional Indígena da Colômbia (ONIC), a mulher morreu no "fogo cruzado" entre o ELN e as Autodefesas Gaitanistas da Colômbia (AGC), o braço armado do Clã do Golfo, principal grupo criminoso do país, surgido após a desmobilização dos paramilitares em 2006.
Seu "corpo foi utilizado como escudo humano", acrescentou o organismo em um boletim.
Um líder veterano de um conselho comunitário, um homem afrodescendente cujo nome e idade não foram informados, morreu na quinta-feira passada após combates nesta zona, disse à AFP uma fonte do Acnur.
O organismo internacional alertou sobre o "risco iminente de deslocamento" das comunidades indígenas e negras que habitam as bacias dos rios Truandó e Domingodó diante "da disputa pelo controle do território" dos grupos armados.
"As comunidades que habitam esses territórios foram vistos extremamente vulneráveis em seus direitos", acrescentou, mencionando entre eles ataques com minas antipessoais, homicídios seletivos, ameaças e intimidações.
Um líder indígena do Chocó, que pediu anonimato por motivos de segurança, acusou que o Exército de Libertação Nacional (ELN) de minar os territórios das comunidades, o que limita sua mobilização, vital para seus trabalhos de caça e pesca diárias, e de recrutamento de menores.
"Quando nos restringem a mobilidade, nossas comunidades passam fome", disse à AFP.
O dirigente argumentou que o setor os combates ocorreram é "geoestratégico" para o narcotráfico e para a mineração ilegal, atividades às quais se dedicam tanto o ELN como as AGC.
O governo da Colômbia e o ELN, com cerca de 1.500 combatentes segundo cálculos oficiais, abriram os diálogos para superar meio século de conflito armado.
Com isso, o governo busca "a paz completa" após a assinatura em novembro do ano passado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que foi a principal guerrilha do continente.
A indígena Ana María Mepaquito, de 22 anos, mãe de quatro filhos, morreu na terça-feira após choques entre grupos armados na bacia do rio Truandó, departamento selvático de Chocó, disse nesta quinta-feira o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) em um comunicado.
Segundo a Organização Nacional Indígena da Colômbia (ONIC), a mulher morreu no "fogo cruzado" entre o ELN e as Autodefesas Gaitanistas da Colômbia (AGC), o braço armado do Clã do Golfo, principal grupo criminoso do país, surgido após a desmobilização dos paramilitares em 2006.
Seu "corpo foi utilizado como escudo humano", acrescentou o organismo em um boletim.
Um líder veterano de um conselho comunitário, um homem afrodescendente cujo nome e idade não foram informados, morreu na quinta-feira passada após combates nesta zona, disse à AFP uma fonte do Acnur.
O organismo internacional alertou sobre o "risco iminente de deslocamento" das comunidades indígenas e negras que habitam as bacias dos rios Truandó e Domingodó diante "da disputa pelo controle do território" dos grupos armados.
"As comunidades que habitam esses territórios foram vistos extremamente vulneráveis em seus direitos", acrescentou, mencionando entre eles ataques com minas antipessoais, homicídios seletivos, ameaças e intimidações.
Um líder indígena do Chocó, que pediu anonimato por motivos de segurança, acusou que o Exército de Libertação Nacional (ELN) de minar os territórios das comunidades, o que limita sua mobilização, vital para seus trabalhos de caça e pesca diárias, e de recrutamento de menores.
"Quando nos restringem a mobilidade, nossas comunidades passam fome", disse à AFP.
O dirigente argumentou que o setor os combates ocorreram é "geoestratégico" para o narcotráfico e para a mineração ilegal, atividades às quais se dedicam tanto o ELN como as AGC.
O governo da Colômbia e o ELN, com cerca de 1.500 combatentes segundo cálculos oficiais, abriram os diálogos para superar meio século de conflito armado.
Com isso, o governo busca "a paz completa" após a assinatura em novembro do ano passado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que foi a principal guerrilha do continente.
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