Parlamento venezuelano pedirá a Ortega provas contra Maduro
Caracas, 24 Ago 2017 (AFP) - O Parlamento venezuelano, de maioria opositora, pedirá à ex-procuradora Luisa Ortega as provas que, segundo ela, implicam o presidente Nicolás Maduro e dirigentes chavistas em casos de corrupção, anunciou um deputado nesta quinta-feira.
"É pertinente para a Comissão de Controladoria, o Parlamento, pedir informação à procuradora-geral para poder compartilhar e antecipar a investigação", afirmou o legislador Juan Guidó, presidente desta comissão.
Durante uma sessão no Parlamento, Guaidó retomou as denúncias feitas no Brasil pela ex-procuradora na quarta-feira contra Maduro e o número dois do governo, Diosdado Cabello, em relação a propinas pagas pela empreiteira.
Segundo o deputado, as averiguações de sua comissão indicam que as propinas pagas pela Odebrecht a funcionários venezuelanos excedem os 98 milhões de dólares reconhecidos pela empresa.
"É uma cifra que fica curta (...), denunciou-se o sobrepreço na maioria das obras", afirmou.
Ortega, que rompeu com o governo no fim de março, assegurou que dispõe de "muitas provas (...) que comprometem altos funcionários venezuelanos, a começar pelo presidente da República" com os contratos negociados da Odebrecht.
A ex-procuradora, destituída em 5 de agosto após quase uma década no cargo, assegurou que para Cabello "depositaram 100 milhões de dólares em uma empresa espanhola denominada TSE Arietis".
Mas o dirigente considerou falsas as informações e questionou Ortega - que saiu do país há uma semana - por não ter denunciado os supostos crimes.
Guaidó denunciou que, após as declarações da procuradora, a informação sobre a firma TSE Arietis "desapareceu" do registro nacional de empresas terceirizadas.
Ele acrescentou que o contrato com a Odebrecht chega a 22 bilhões de dólares durante os governos do falecido presidente Hugo Chávez (1999-2013) e de Maduro, seu sucessor, e que a média de atraso das obras é de oito anos.
Em declarações anteriores à imprensa, referiu-se a uma ponte sobre o Lago de Maracaibo, que estaria superfaturado em 3.000% com relação ao valor original, além de 11 anos de atraso e um avanço de apenas 36%.
Uma sessão parlamentar para aprofundar estas denúncias e os supostos sobrepreços na importação de alimentos subsidiados foi convocada para a próxima terça-feira.
Ortega fugiu da Venezuela com o marido, o deputado Germán Ferrer, depois que a Justiça determinou a captura deste dissidente chavista por supostamente liderar uma rede de corrupção na Procuradoria.
"É pertinente para a Comissão de Controladoria, o Parlamento, pedir informação à procuradora-geral para poder compartilhar e antecipar a investigação", afirmou o legislador Juan Guidó, presidente desta comissão.
Durante uma sessão no Parlamento, Guaidó retomou as denúncias feitas no Brasil pela ex-procuradora na quarta-feira contra Maduro e o número dois do governo, Diosdado Cabello, em relação a propinas pagas pela empreiteira.
Segundo o deputado, as averiguações de sua comissão indicam que as propinas pagas pela Odebrecht a funcionários venezuelanos excedem os 98 milhões de dólares reconhecidos pela empresa.
"É uma cifra que fica curta (...), denunciou-se o sobrepreço na maioria das obras", afirmou.
Ortega, que rompeu com o governo no fim de março, assegurou que dispõe de "muitas provas (...) que comprometem altos funcionários venezuelanos, a começar pelo presidente da República" com os contratos negociados da Odebrecht.
A ex-procuradora, destituída em 5 de agosto após quase uma década no cargo, assegurou que para Cabello "depositaram 100 milhões de dólares em uma empresa espanhola denominada TSE Arietis".
Mas o dirigente considerou falsas as informações e questionou Ortega - que saiu do país há uma semana - por não ter denunciado os supostos crimes.
Guaidó denunciou que, após as declarações da procuradora, a informação sobre a firma TSE Arietis "desapareceu" do registro nacional de empresas terceirizadas.
Ele acrescentou que o contrato com a Odebrecht chega a 22 bilhões de dólares durante os governos do falecido presidente Hugo Chávez (1999-2013) e de Maduro, seu sucessor, e que a média de atraso das obras é de oito anos.
Em declarações anteriores à imprensa, referiu-se a uma ponte sobre o Lago de Maracaibo, que estaria superfaturado em 3.000% com relação ao valor original, além de 11 anos de atraso e um avanço de apenas 36%.
Uma sessão parlamentar para aprofundar estas denúncias e os supostos sobrepreços na importação de alimentos subsidiados foi convocada para a próxima terça-feira.
Ortega fugiu da Venezuela com o marido, o deputado Germán Ferrer, depois que a Justiça determinou a captura deste dissidente chavista por supostamente liderar uma rede de corrupção na Procuradoria.
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