Índios protestam contra anulação de demarcação de terras em São Paulo
São Paulo, 31 Ago 2017 (AFP) - Um grupo de índios e ativistas protestou nesta quarta-feira, em São Paulo, para exigir do governo que revogue uma decisão judicial que anula a demarcação de uma reserva de 532 hectares no interior do estado.
A Comissão Guarani Yvyrupa afirmou que a medida do Ministério da Justiça, publicada em 21 de agosto, "é vista por organizações indígenas e indigenistas como um movimento claro do governo Temer no sentido de iniciar uma avalanche de atos para cancelar demarcações já realizadas".
A reserva do Jaraguá abriga 700 pessoas de cinco aldeias, segundo dados da Comissão.
Em 1987, 1,7 hectare foi reconhecido, e em 2015, 532 hectares foram declarados de ocupação tradicional dos Guaranis Mbya pelo Ministério da Justiça, segundo a organização.
A recente decisão anulou esta demarcação alegando um "erro administrativo" já que a de 2015 "foi realizada sem a participação do estado de São Paulo na definição conjunta das formas de uso da área".
"O governo não está respeitando os nossos direitos, no papel está tudo escrito, mas falta vontade política", disse Eliseo Guarani-Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, que chegou a São Paulo com outros 50 líderes indígenas para se juntar ao protesto.
"Se perdermos Jaraguá vai abrir uma brecha e vamos perder outros territórios. As nações indígenas têm que se unir e mostrar força", declarou o cacique Antonio Awa, tupi-guarani do norte de São Paulo.
Awa chegou com quase 20 habitantes de sua comunidade para acompanhar o ato.
Após protestar na Avenida Paulista, os manifestantes foram para a Casa da Presidência em São Paulo, ocupada desde de manhã por outro grupo indígenas.
"Fora Temer, da nossa casa! Saímos da sua casa quando vocês saírem da nossa", disse uma carta do povo Guarani distribuída no ato.
A recente decisão judicial também foi repudiada com atos em Brasília, onde há apenas duas semanas a Suprema Corte do Brasil reafirmava, com voto unânime, o direito tradicional dos índios a terra no Parque Nacional Xingu e em duas reservas do Mato Grosso.
A Comissão Guarani Yvyrupa afirmou que a medida do Ministério da Justiça, publicada em 21 de agosto, "é vista por organizações indígenas e indigenistas como um movimento claro do governo Temer no sentido de iniciar uma avalanche de atos para cancelar demarcações já realizadas".
A reserva do Jaraguá abriga 700 pessoas de cinco aldeias, segundo dados da Comissão.
Em 1987, 1,7 hectare foi reconhecido, e em 2015, 532 hectares foram declarados de ocupação tradicional dos Guaranis Mbya pelo Ministério da Justiça, segundo a organização.
A recente decisão anulou esta demarcação alegando um "erro administrativo" já que a de 2015 "foi realizada sem a participação do estado de São Paulo na definição conjunta das formas de uso da área".
"O governo não está respeitando os nossos direitos, no papel está tudo escrito, mas falta vontade política", disse Eliseo Guarani-Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, que chegou a São Paulo com outros 50 líderes indígenas para se juntar ao protesto.
"Se perdermos Jaraguá vai abrir uma brecha e vamos perder outros territórios. As nações indígenas têm que se unir e mostrar força", declarou o cacique Antonio Awa, tupi-guarani do norte de São Paulo.
Awa chegou com quase 20 habitantes de sua comunidade para acompanhar o ato.
Após protestar na Avenida Paulista, os manifestantes foram para a Casa da Presidência em São Paulo, ocupada desde de manhã por outro grupo indígenas.
"Fora Temer, da nossa casa! Saímos da sua casa quando vocês saírem da nossa", disse uma carta do povo Guarani distribuída no ato.
A recente decisão judicial também foi repudiada com atos em Brasília, onde há apenas duas semanas a Suprema Corte do Brasil reafirmava, com voto unânime, o direito tradicional dos índios a terra no Parque Nacional Xingu e em duas reservas do Mato Grosso.
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