AIEA afirma que Irã respeita seus compromissos
Viena, 31 Ago 2017 (AFP) - O Irã está cumprindo seus compromissos no âmbito do acordo nuclear concluído em 2015 com as principais potências, de acordo com o relatório trimestral da AIEA divulgado nesta quinta-feira em meio às tensões entre Teerã e Washington que ameaçam o pacto.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, dependente da ONU) reconhece que o Irã não enriqueceu urânio a níveis proibidos, nem constituiu estoque ilegal de urânio pouco enriquecido ou água pesada.
Este respeito aos compromissos, já esperado, permite o prosseguimento da implementação do acordo, que entrou em vigor em janeiro de 2016 e que possibilitou o levantamento parcial das sanções internacionais que afetam o país.
Mas acontece em um contexto de tensões crescentes entre os Estados Unidos e o Irã. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deve "certificar" em outubro diante do Congresso o respeito do texto pelo Irã, afirmou no final de julho que ficaria "surpreso" que este fosse o caso.
O acordo entre o Irã e as grandes potências tem como objetivo garantir a natureza pacífica do programa nuclear iraniano.
Durante sua campanha eleitoral, Trump prometeu "rasgar" esse texto - considerado um dos principais êxitos de seu predecessor, Barack Obama - ao considerá-lo "horrível".
A tensão voltou a aumentar quando Washington impôs ao Irã uma série de novas sanções jurídicas e financeiras não relacionadas ao programa nuclear, provocando a ira de Teerã, que ameaçou abandonar o acordo.
Os Estados Unidos critica o Irã por seu apoio ao presidente sírio Bashar al-Assad e aos rebeldes no Iêmen, e por dar prosseguimento ao seu programa de mísseis balísticos.
A República Islâmica nega querer dotar-se de armas atômicas, apesar de reivindicar seu direito de explorar o setor nuclear, e assegura respeitar plenamente o acordo de Viena.
- 'Não há alternativa' -O presidente iraniano, Hassan Rohani, recordou esta semana que Trump está isolado em sua vontade de questionar o acordo. Na terça-feira, o chefe de Estado francês Emmanuel Macron considerou que "não há alternativa" para o acordo.
Em troca do levantamento das sanções, Teerã aceitou reduzir suas capacidades nucleares, sob estreito controle da AIEA.
No relatório desta quinta-feira, a agência volta a constatar que a quantidade de urânio pouco enriquecido pelo Irã segue abaixo do máximo autorizado de 300 kg, e que a República Islâmica "não deu seguimento" à construção de seu reator de água pesada em Arak.
Segundo alguns meios de comunicação, Washington estaria desejando realizar uma inspeção nas bases militares iranianas.
"Nossas relações com a AIEA são definidas por normas e não pelos Estados Unidos", afirmou o presidente iraniano, depois que a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, se reuniu em Viena na semana passada com o diretor da agência, Yukiya Amano.
O Irã já advertiu que pode recomeçar sua produção de urânio enriquecido - etapa técnica que permite fabricar material para uso militar - se os Estados Unidos, que já enfrentam uma garve crise com a Coreia do Norte, denunciar o texto de Viena.
stu-phs/roc/me/age/mr
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, dependente da ONU) reconhece que o Irã não enriqueceu urânio a níveis proibidos, nem constituiu estoque ilegal de urânio pouco enriquecido ou água pesada.
Este respeito aos compromissos, já esperado, permite o prosseguimento da implementação do acordo, que entrou em vigor em janeiro de 2016 e que possibilitou o levantamento parcial das sanções internacionais que afetam o país.
Mas acontece em um contexto de tensões crescentes entre os Estados Unidos e o Irã. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deve "certificar" em outubro diante do Congresso o respeito do texto pelo Irã, afirmou no final de julho que ficaria "surpreso" que este fosse o caso.
O acordo entre o Irã e as grandes potências tem como objetivo garantir a natureza pacífica do programa nuclear iraniano.
Durante sua campanha eleitoral, Trump prometeu "rasgar" esse texto - considerado um dos principais êxitos de seu predecessor, Barack Obama - ao considerá-lo "horrível".
A tensão voltou a aumentar quando Washington impôs ao Irã uma série de novas sanções jurídicas e financeiras não relacionadas ao programa nuclear, provocando a ira de Teerã, que ameaçou abandonar o acordo.
Os Estados Unidos critica o Irã por seu apoio ao presidente sírio Bashar al-Assad e aos rebeldes no Iêmen, e por dar prosseguimento ao seu programa de mísseis balísticos.
A República Islâmica nega querer dotar-se de armas atômicas, apesar de reivindicar seu direito de explorar o setor nuclear, e assegura respeitar plenamente o acordo de Viena.
- 'Não há alternativa' -O presidente iraniano, Hassan Rohani, recordou esta semana que Trump está isolado em sua vontade de questionar o acordo. Na terça-feira, o chefe de Estado francês Emmanuel Macron considerou que "não há alternativa" para o acordo.
Em troca do levantamento das sanções, Teerã aceitou reduzir suas capacidades nucleares, sob estreito controle da AIEA.
No relatório desta quinta-feira, a agência volta a constatar que a quantidade de urânio pouco enriquecido pelo Irã segue abaixo do máximo autorizado de 300 kg, e que a República Islâmica "não deu seguimento" à construção de seu reator de água pesada em Arak.
Segundo alguns meios de comunicação, Washington estaria desejando realizar uma inspeção nas bases militares iranianas.
"Nossas relações com a AIEA são definidas por normas e não pelos Estados Unidos", afirmou o presidente iraniano, depois que a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, se reuniu em Viena na semana passada com o diretor da agência, Yukiya Amano.
O Irã já advertiu que pode recomeçar sua produção de urânio enriquecido - etapa técnica que permite fabricar material para uso militar - se os Estados Unidos, que já enfrentam uma garve crise com a Coreia do Norte, denunciar o texto de Viena.
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