Equador: Correa se proclama 'principal opositor' de Moreno
Quito, 30 Nov 2017 (AFP) - O ex-presidente do Equador Rafael Correa se proclamou nesta quinta-feira (30) o "principal opositor" de Lenín Moreno e advertiu que vai se retirar do partido governista se o atual presidente assumir seu controle.
"Há algum tempo sou opositor ao governo (...) Seu principal opositor é um ex-presidente do outro lado do mundo, sem secretaria, sem gabinete, se defendendo com um iPhone pelas redes sociais", assegurou Correa em uma coletiva de imprensa em Quito.
Correa (2007-2017), que mora na Bélgica, voltou no sábado ao Equador para enfrentar o que chama de "traição" de Moreno, seu ex-aliado e agora inimigo político, e para participar no domingo da convenção do Alianza País, o poderoso movimento no poder desde 2007, agora dividido entre "morenistas" e "correístas".
Os dois grupos nomearam seus próprios presidentes e diretores, e os "correístas" convocaram a Convenção, da qual Correa participará, desconhecida pelos "morenistas".
A entidade encarregada de dirimir as disputas no seio do movimento é o Tribunal Contencioso Eleitoral (TCE), que deverá se pronunciar nas próximas semanas a respeito do tema.
"Nós vamos vencer a convenção, as bases estão conosco, mas obviamente eles manejam o poder e podem, o que perdem democraticamente, vencer por debaixo da mesa nas diferentes instâncias", assinalou o ex-presidente.
"Nesse caso, não sei se formarei outro partido político, mas teria que me retirar do Alianza País, porque não poderia me prestar a ser cúmplice da destruição da revolução cidadã", advertiu, enquanto denunciava a existência "de acordos secretos prévios" de Moreno - que foi seu vice-presidente entre 2007 e 2013 - com a oposição.
Correa também voltou a atacar a decisão de Moreno tomada na quarta-feira de convocar por decreto uma consulta popular sem esperar o parecer da Corte Constitucional.
Moreno, que alegou que a Corte ultrapassou o prazo de 20 dias para se pronunciar, propôs sete perguntas para a consulta, entre elas uma para suprimir a reeleição indefinida aprovada por Correa e outra para reestruturar o órgão criado pelo ex-presidente para designar as autoridades de controle.
O ex-presidente sustentou que "o prazo não expirou" e lembrou que a Corte tinha previsto se pronunciar na semana que vem.
"Está em curso um verdadeiro golpe de Estado, estão rompendo a Constituição (...) Serão tomadas todas as ações legais, serão usados todos os recursos para parar esta barbaridade", sentenciou.
Correa também expressou que "depois disso não pode haver nenhuma aproximação (com Moreno)" e descartou a possibilidade de voltar a morar no Equador "nos próximos anos".
"Há algum tempo sou opositor ao governo (...) Seu principal opositor é um ex-presidente do outro lado do mundo, sem secretaria, sem gabinete, se defendendo com um iPhone pelas redes sociais", assegurou Correa em uma coletiva de imprensa em Quito.
Correa (2007-2017), que mora na Bélgica, voltou no sábado ao Equador para enfrentar o que chama de "traição" de Moreno, seu ex-aliado e agora inimigo político, e para participar no domingo da convenção do Alianza País, o poderoso movimento no poder desde 2007, agora dividido entre "morenistas" e "correístas".
Os dois grupos nomearam seus próprios presidentes e diretores, e os "correístas" convocaram a Convenção, da qual Correa participará, desconhecida pelos "morenistas".
A entidade encarregada de dirimir as disputas no seio do movimento é o Tribunal Contencioso Eleitoral (TCE), que deverá se pronunciar nas próximas semanas a respeito do tema.
"Nós vamos vencer a convenção, as bases estão conosco, mas obviamente eles manejam o poder e podem, o que perdem democraticamente, vencer por debaixo da mesa nas diferentes instâncias", assinalou o ex-presidente.
"Nesse caso, não sei se formarei outro partido político, mas teria que me retirar do Alianza País, porque não poderia me prestar a ser cúmplice da destruição da revolução cidadã", advertiu, enquanto denunciava a existência "de acordos secretos prévios" de Moreno - que foi seu vice-presidente entre 2007 e 2013 - com a oposição.
Correa também voltou a atacar a decisão de Moreno tomada na quarta-feira de convocar por decreto uma consulta popular sem esperar o parecer da Corte Constitucional.
Moreno, que alegou que a Corte ultrapassou o prazo de 20 dias para se pronunciar, propôs sete perguntas para a consulta, entre elas uma para suprimir a reeleição indefinida aprovada por Correa e outra para reestruturar o órgão criado pelo ex-presidente para designar as autoridades de controle.
O ex-presidente sustentou que "o prazo não expirou" e lembrou que a Corte tinha previsto se pronunciar na semana que vem.
"Está em curso um verdadeiro golpe de Estado, estão rompendo a Constituição (...) Serão tomadas todas as ações legais, serão usados todos os recursos para parar esta barbaridade", sentenciou.
Correa também expressou que "depois disso não pode haver nenhuma aproximação (com Moreno)" e descartou a possibilidade de voltar a morar no Equador "nos próximos anos".
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