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Veja as principais derrotas do Estado Islâmico na Síria e no Iraque

Thaier Al-Sudani/ Reuters
Imagem: Thaier Al-Sudani/ Reuters

09/12/2017 12h15

Beirute, 9 dez 2017 (AFP) - O Estado Islâmico (EI) perdeu nos últimos meses todos os territórios conquistados desde 2014 no Iraque, país que anunciou neste sábado o "fim da guerra" contra o grupo extremista no país.

Na Síria, o grupo também sofreu muitas e importantes derrotas, mas ainda controla alguns territórios nas províncias de Deir Ezzor, Homs e Hama.

Iraque 

Tikrit: De maioria sunita, a cidade é retomada em 31 de março de 2015 pelas forças iraquianas, com o envolvimento das milícias xiitas e da coalizão internacional.

Ramadi e Fallujah: Capital da vasta província ocidental de Al-Anbar e cidade sunita situada 100 km ao oeste de Bagdá, Ramadi é reconquistada em 9 de fevereiro de 2016. A localidade vizinha de Fallujah, primeira cidade iraquiana capturada pelo EI em janeiro de 2014, é retomada em 26 de junho.

Mossul: Depois de nove meses de combate, em 10 de julho de 2017, as forças iraquianas, apoiadas por bombardeios da coalizão internacional, tomam do EI a segunda cidade do Iraque, mais importante bastião urbano dos extremistas nesse país.

Tal Afar: Em 31 de agosto de 2017, o primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi anuncia a tomada de Tal Afar, cidade estratégica para o EI na rota para a Síria. O poder iraquiano finaliza, assim, a reconquista da província de Nínive.

Al Qaim e Rawa: Após uma ofensiva iniciada em 19 de setembro, as forças iraquianas conquistaram nos dias 3 e 17 de novembro, respectivamente, as localidades de Al Qaim e Rawa, na fronteira com a Síria.

Batalha do Deserto: Em 23 de novembro, as tropas governamentais iniciam no deserto ocidental a última batalha para expulsar o EI de seu território.

Síria

Kobane: Esta cidade curda na fronteira com a Turquia se tornou o primeiro símbolo da luta contra o EI, expulso em 26 de janeiro de 2015, após mais de quatro meses de combates pelas forças curdas com o apoio dos bombardeios de uma coalizão internacional dirigida pelos Estados Unidos contra esse grupo.

Dabiq: De baixo interesse estratégico, esta localidade fronteiriça com a Turquia, perdida pelo EI em outubro de 2016, tinha uma grande carga simbólica para os extremistas. Segundo uma profecia do Islã, o Exército dos muçulmanos deveria derrotar ali os infiéis.

Palmira: Em 2 de março de 2017, o governo sírio e seu aliado russo recuperam do EI essa cidade do centro da Síria, a qual mudou de mão várias vezes desde o começo da guerra no país em 2011. Foi conquistada pelo EI em maio de 2015, e tomada pelas forças pró-governo em março de 2016, voltando para os extremistas em dezembro. Destruíram parte de sua riqueza arqueológica incluída no patrimônio mundial da humanidade.

Mayadin: Em 14 de outubro de 2017, as forças de Bashar al-Assad retomam Mayadin, um dos últimos bastiões do EI, situado na província de Deir Ezzor (leste). Esta província petroleira - a última da Síria ainda controlada pelos extremistas - é palco de duas ofensivas diferentes: a do governo, apoiada pela Aviação russa, a qual concentra suas operações na margem oeste do Eufrates - sobretudo, na cidade de Deir Ezzor -; e a das FDS, apoiadas pela coalizão internacional, na margem direita do rio.

Raqa: Com o apoio dos Estados Unidos, os combatentes curdos e árabes das Forças Democráticas Sírias (FDS) lançam em novembro de 2016 uma ofensiva contra a "capital" do EI na Síria, situada no norte do país. As FDS chegam à cidade em junho de 2017 e, em 17 de outubro, anunciam ter tomado o controle da cidade após meses de combates.

Deir Ezzor: Em 2 de novembro de 2017, o exército sírio apoiado por seus aliados e pela aviação russa expulsa os jihadistas de Deir Ezzor, última grande cidade síria sob controle do EI.

Bukamal: Em 19 de novembro de 2017 o exército e os aliados expulsa o EI de Bukamal, última cidade síria dominada pelo grupo na Síria.

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o Estado Islâmico ainda controla 8% da província de Deir Ezzor e tem uma presença no nordeste de Hama e de Homs (centro), além do bairro palestino de Yarmuk, nas proximidades de Damasco.